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Agosto Dourado: Fono Thais Fontão destaca os benefícios e os desafios da amamentação

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Texto: Natália Tiezzi – Assessoria de Comunicação Santa Casa/SAVISA

A Santa Casa de Misericórdia – Hospital São Vicente, em alusão à Campanha Agosto Dourado, cujo mês é dedicado à conscientização e incentivo à amamentação, traz informações sobre o tema, destacadas em entrevista com a Fonoaudióloga Thais Fontão.

Importante ressaltar que a entidade incentiva e orienta as mamães à amamentarem, com instruções já realizadas na Maternidade, promovidas pelas equipes de profissionais de Saúde, bem como junto ao Grupo de Gestantes.

Confira a entrevista abaixo, tire suas dúvidas e incentive a amamentação!

Thaís, Quais os principais benefícios do aleitamento materno aos bebês e às mamães?

Fono Thaís Fontão: São muitos! Descrevo alguns: * Maior contato com a mãe, favorecendo vínculo. * Melhora a digestão e minimiza as cólicas. * Desenvolve a inteligência quanto maior o tempo de amamentação. * Reduz o risco de doenças alérgicas. * Estimula e fortalece a arcada dentária, favorecendo a erupção de dentes melhor posicionados. * Previne diarreia. Para a mãe: * Diminui o sangramento pós-parto. * Contribui para a perda de peso. * Reduz a incidência de câncer de mama, ovário e endométrio. * Evita a osteoporose. * Protege contra doenças cardiovasculares, como o infarto.

Até qual idade o bebê pode ser amamentado?

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) os bebês devem ser amamentados exclusivamente até os seis meses de idade, ou seja, só leite materno (sem necessidade de chás ou água) e após esse período o aleitamento materno passa a ser misto, leite materno e alimentação prescrita pelo pediatra até os dois anos de idade OU MAIS. Engana-se quem acha que o LIMITE MÁXIMO é dois anos, pelo contrário, esse é o MÍNIMO que preconiza a OMS.

“Engana-se quem acha que o LIMITE MÁXIMO para amamentação é dois anos, pelo contrário, esse é o MÍNIMO que preconiza a OMS”, destacou Thaís Fontão

Como e onde as mamães podem receber orientação sobre a famosa ‘pega’ para ter uma amamentação mais prazerosa?

Aprendi com a Dra. Keiko Teruya, médica pediatra de renome internacional em Aleitamento Materno, que foi a minha professora no Hospital onde fiz a residência que: “Amamentar não é instinto. É aprendizado!”. Existem profissionais capacitados, tanto na rede pública, quanto particular para ajudar na avaliação do binômio mãe-bebê. Acredito que a melhor ferramenta é o conhecimento, mas também existem muitos fatores que podem interferir nessa “mamada prazerosa” no início que podem ser ajustadas com ajuda profissional.

E como incentivar as mamães a amamentarem mesmo depois do período de licença maternidade, quando após o mesmo muitas deixam de amamentar?

Na minha opinião, a legislação trabalhista brasileira não favorece muito o aleitamento materno, mas não o torna impossível. Sendo 4 ou 6 meses de licença, o ideal é que quando aproximar o retorno ao trabalho, as mamães cerquem-se de conhecimento com relação à extração e armazenamento de leite, além das formas de ofertar esse leite na sua ausência, mais uma vez a importância da orientação profissional. Também creio (e vivi essa experiência com o meu filho) que em alguns casos (alguns profissionais autônomos, por exemplo) podem, com ajuda, levar o bebê consigo e administrar o tempo e mamadas durante o período de trabalho (não é fácil, mas digo que é possível, pois foi exatamente o que fiz por dois meses, ate meu filho completar 06 meses e passar a ter a alimentação mista).

Thais, as mamães estão mais adeptas à amamentação nos últimos anos aqui em Rio Pardo?

Estou em Rio Pardo há 9 anos e percebi claramente um movimento maior e mais consistente com relação ao tema. Algumas mães me procuravam e como elas tinham algum destaque na sociedade, o famoso “boca a boca” funcionava. Com isso, pouco a pouco, mais famílias se instrumentalizavam e o manejo clínico permitia que mais mães “amamentassem sorrindo” (frase de uma paciente querida).

Você acha importante que médicos, enfermeiros, enfim, profissionais da Saúde em geral recomendem a amamentação?

Acho IMPORTANTÍSSIMO que falemos a mesma língua. Acredito na interdisciplinaridade e sei que quando as famílias se cercam de profissionais seguros, preparados e com “vontade de fazer dar certo” as chances de um aleitamento materno de sucesso aumentam imensamente. Sonho acordada com o dia que, todos os profissionais juntos e cada um na sua área de atuação, firmem o olhar no mesmo propósito: o alimento PADRÃO OURO, o leite materno.

Além dos benefícios à saúde da mamãe e do bebê, quais outros a amamentação traz?

Benefícios à sociedade como um todo. O leite materno é um alimento sustentável, pois não gera poluição e não demanda energia, água ou combustível para sua produção e armazenamento. E novamente eu afirmo: PADRÃO OURO!

“Sonho acordada com o dia que, todos os profissionais juntos e cada um na sua área de atuação, firmem o olhar no mesmo propósito: o alimento PADRÃO OURO, o leite materno”, observou a Fonoaudióloga

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