Alunos premiados em concurso de Poesia recebem homenagens no Legislativo Municipal
A poesia tomou conta do Plenário durante a 17ª Sessão Ordinária, promovida na tarde de terça-feira, 11, na Câmara Municipal. Três alunos, que foram premiados no I Prêmio Rio Pardo de Literatura foram agraciados com Moções de Congratulações.
De autoria do vereador professor Rafael Kocian, as mesmas reconheceram os esforços dos alunos, que escreveram poesias sobre o tema “123 Anos da Ponte Metálica: História e Memória Rio-Pardense”.
Os alunos homenageados foram Andreu Rigal Arruda, estudante do 6º ano do Colégio Santa Inês; Tales Domingos Moreira, aluno do 7º Ano da EMEB “Profª Stella Maris Barbosa Catalano”, e Hellen Vitória Roca de Flório, que cursa o 8º ano no Colégio Lumen.
Familiares e professores, orgulhosos, também prestigiaram a entrega das Moções no Plenário. Os três alunos declamaram as poesias premiadas, que todos poderão ler, abaixo.
Poesia: “Os Gêmeos de Euclides” – autoria: Andreu Rigal Arruda
Era de madrugada
A cidade estava calada
Aquela noite se marcou
Quando a ponte emborcou!
Foi um pelo amor de Deus
Que até os ateus pediram
Piedade ao Senhor,
Vendo os ferros que ruíram!
Carroças, cavalos, carros de boi –
Ninguém passava – a ponte se foi!
O engenheiro Euclides veio
E resgatou o metal torcido e feio
Por lá subia um fumação
E havia muita agitação.
Uma barulheira danada
E muita ferragem martelada
Numa pequena cabana de zinco
Euclides trabalhava com afinco
E nas poucas horas vagas
Escrevia suas memórias trágicas
Sobre a injusta e cruel guerra
Que a nossa história encerra:
Em Canudos o exército avançou
Em quatro expedições o arraial arrasou!
Os sertões e a ponte
Nasceram da mesma fonte
Do gênio que os criou:
Euclides da Cunha nosso herói se tornou!
Cento e vinte e três anos se passaram
Ponte e livro aguentaram
Os dois as pessoas agregam
E Euclides ao mundo todo levam!
Poesia: “Ponte Metálica, de Nossa Cidade para o Mundo” – autoria: Tales Domingos Moreira
A ponte metálica, beleza sem igual,
uma realeza para os rio-pardenses local,
e para os visitantes, um encanto singlar,
Que atravessa o tempo sem jamais cansar.
Euclides via a todos,
tentando atravessar ao rio,
com o coração inquieto, a palpitar e arredio.
Foi então que ele teve uma ideia brilhante,
Quando viu a ponte caída
Fez uma nova e fascinante!
A ponte até hoje permanece lá,
Com sua linda estrutura metálica,
Que quando uma pessoa caminha sobre ela,
É impossível não se encantar,
Com a beleza e grandiosidade, que continua a brilhar!
Triste é saber que Euclides não viu
O sucesso que ela fez
Mas o interessante é que a ponte
Atrai pessoas a todo mês
A ponte ligou nossa cidade,
E também cativou pessoas de todas as idades
Com ela, nossa cidade ficou conhecida,
Pois ao engenhá-la Euclides escreveu sua obra prima, “Os Sertões”,
Lido e apreciado por multidões.
A ponte metálica, então, fama ganhou,
Eternizando a história de nossa cidade,
Que junto a ela entrelaçou.
Poesia: “Elos da Memória” – autoria: Hellen Vitória Roca de Flório
Ó minha ponte metálica,
Tão importante que és,
Fizeste parte da jornada
Da cidade de São José.
Ó minha ponte metálica,
Tu abriste novos caminhos,
Fosse para chegar à outra beira,
Ou ir às Gerais conhecer a simpatia mineira.
E o café, dos cafezais,
Seu transporte melhorou cada vez mais.
A história da minha cidade,
Da minha tão bela São José,
Está entrelaçada à de
Canudos, lá no Nordeste,
Por meio de um rapaz,
Do Rio de Janeiro, do Sudeste,
Que em muitas coisas era especialista:
Era escritor, engenheiro, jornalista
Ó minha ponte metálica,
Foste chão para “Os Sertões”,
Que teve importância literária,
nacional e internacional
Ganhou várias traduções!
Ó minha ponte metálica,
Tens raízes na Alemanha.
Mas que façanha!
Foste importada e aqui chegou
Por sua rica história
Ao brasão de nossa bandeira se juntou
Ó minha ponte metálica,
Tu figuras lá no cartão postal,
Junto de Euclides e de “Os Sertões”.
Monumento de milhões!
Ó minha ponte metálica.
Fizeste um rio de ligações.
Um elo da história à memória
E aos nossos corações.