‘Ana Banana’: Sorvete artesanal vem conquistando o paladar dos rio-pardenses
Reportagem e texto: Natália Tiezzi Manetta
Sempre buscando abrir espaço para novas empresas, enaltecendo seu potencial, o www.minhasaojose.com.br traz a história de uma sorveteria que foi inaugurada em 31 de outubro e já conquistou os paladares dos rio-pardenses e de toda a região, a Ana Banana Sorvetes Artesanais.
O proprietário, Cícero Roque Silva, um jovem de 28 anos que dedicou longos anos de sua vida aos estudos de como fazer os melhores sorvetes, inclusive tendo aulas na tradicional “Escola Sorvete”, em São Paulo, e com grandes chefes italianos do ramo dos ‘Gelatos’, contou que a inspiração para o negócio veio de sua família, bem como da vontade de empreender em Rio Pardo, cidade que fez parte de sua vida por 10 anos e que agora é sua nova morada pessoal e profissional.
“A idéia original era abrir a sorveteria em São Paulo, porém, após viver lá por anos não me agradava manter aquele ritmo de vida frenético e eu jamais poderia ter um espaço tão especial como consegui aqui em São José, onde posso colocar até bancos na calçada. Além disso, tenho um carinho muito grande por essa cidade, onde passei minha infância”, contou Cícero.
Confira, abaixo, a entrevista na íntegra.
Cícero, conte um pouco da história da sorveteria e de onde surgiu o nome ‘Ana Banana’.
Cícero Roque Silva: Meus pais moraram em São José por mais de 30 anos e quando ele fechou seu comércio aqui foram para Itobi, onde minha mãe tem muitos parentes. Um deles tinha uma sorveteria por lá, mas não estava conciliando com um outro comércio que também era de sua propriedade. Meus pais enxergaram ali uma possibilidade de alavancar o negócio. Adquiriram a sorveteria, que existe há exatos 10 anos, e mudaram o nome para ‘Ana Banana’, que era o apelido de minha mãe quando criança.
O que despertou em você a vontade de aprender as técnicas de fazer um bom sorvete?
Na verdade sempre sonhei em ser sorveteiro, pois, quando criança, mal podia tomar um sorvete por conta de uma Adenóide que, graças a Deus, acabou. E depois que operei, meu primeiro pedido foi um pote de sorvete, além de um carrinho de sorveteiro de verdade, que ganhei de meus pais. Depois, claro, vi meu pai e minha mãe começando do zero, pois não entendiam nada de sorvete, porém, não queria aprender o básico como eles aprenderam. Eu queria saber as técnicas para fazer o melhor sorvete artesanal e foi isso que fui buscar em São Paulo: conhecimento. Foram 5 anos dedicados aos estudos. Eu queria ajudar meus pais na sorveteria com os meus conhecimentos, mas entendi que o ramo deles já estava consolidado em Itobi. Foi então que optei abrir uma sorveteria própria em outra cidade.
Por que optou por São José?
São José não foi a primeira opção, mas sim São Paulo, onde até mesmo um dos maiores chefs em sorvetes no Brasil, Francisco Santana, que fiz alguns cursos me incentivou ao negócio. Mas, sinceramente, eu não queria continuar aquele ritmo frenético de vida, aquela agitação. Foi então que pensei em Rio Pardo por dois fatores: um deles é o carinho que sempre tive por essa cidade e o segundo porque muitos rio-pardenses frequentavam a sorveteria de meus pais em Itobi. Vi nisso dois grandes incentivos para abrir a Ana Banana aqui.
Você manteve o mesmo nome da sorveteria de seus pais, mas disse que o produto é diferente. Explique esse diferencial no seu sorvete.
Peguei somente o nome do negócio de meus pais, pois o sorvete é totalmente diferente. Optei por oferecer um sorvete artesanal, feito com matérias-primas originais, importadas, como é o caso da fava de baunilha e do pistache, por exemplo. Além disso só utilizo frutas naturais nas receitas. Estou tendo a oportunidade de colocar em prática tudo que aprendi nos últimos 5 anos de cursos especializados, já que sou eu mesmo quem coloca ‘a mão na massa’ para fazer os 16 tipos de sorvete que oferecemos aqui.
Além de você, uma outra pessoa muito especial também abraçou a ideia da sorveteria. Quem é?
Minha querida esposa Ana Gabriela. Ela realmente acreditou e está ao meu lado, literalmente falando, pois trabalha no caixa da sorveteria. Além disso, toda a decoração do espaço tem o toque delicado dela, até mesmo a disposição dos copinhos de sorvete.
Você imaginou que em pouco mais de 10 dias a sorveteria seria esse sucesso?
Estou extasiado com tudo isso que vem acontecendo. Investi na Ana Banana, sabia que meu produto era diferenciado, uma novidade para São José, mas não imaginava que seria essa loucura! Cerca de 90% do meu público é formado por mulheres, que vêm até aqui, experimentam, e depois trazem as amigas, o marido, os filhos, tornando o ambiente da sorveteria bem familiar, que era o que eu queria: atingir a todos os públicos e oferecer um sorvete artesanal da mais alta qualidade.
Os sabores diferenciados é uma das características da Ana Banana. De onde vem a inspiração para cria-los?
Procuro sempre manter alguns sabores tradicionais, além do diet, os de frutas naturais, alcoólico e sabores que costumo criar experimentando as combinações. Um deles que vem tendo uma aceitação muito boa é o de bem-casado. E dá para se criar inúmeras variações. Aguardem, pois a Ana Banana trará muitas destas combinações aos clientes. E, além disso, a sorveteria também se preocupa com a questão ambiental, sendo que trabalhamos com produtos biodegradáveis como o copinho de papel e a pazinha de madeira reflorestável.
Para finalizar, o que espera para o futuro da Ana Banana aqui em São José?
Acho que crescer. Quando aluguei esse espaço já tinha um pouco essa visão de expandir, pois acabei alugando as casas ao lado também. Não imaginava que a resposta do público seria tão rápida. A cozinha daqui já está ficando pequena e nos próximos meses ela vai ficar maior. Além disso vamos estruturar um outro espaço que temos aqui para receber nossos clientes ao ar livre, além, é claro, do interior da sorveteria e nos bancos aqui na calçada, uma ideia que vem dando certo. Enfim, acho que é isso: oferecer um produto diferenciado em um espaço que valha a pena sair de casa para tomar um sorvete!