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Antônio Carlos Lima: Rio-Pardense é uma ‘lenda’ do trompete no Brasil

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Ele saiu de Rio Pardo aos 17 anos e fez carreira na capital paulista, inclusive na Banda Sinfônica da Polícia Militar

Entrevista e texto: Natália Tiezzi

Amigos internautas. O espaço “Cadê Você?” do www.minhasaojose.com.br retrata essa semana a história de Antônio Carlos Lima, um rio-pardense apaixonado por música, que saiu de Rio Pardo ainda muito jovem e conquistou a capital paulista e todo o Brasil ao som de um instrumento bem peculiar, o trompete.

Filho dos saudosos Antônio Lima Filho, popularmente conhecido como Tunicão e Magnólia Belisse de Lima, ele talvez tenha herdado do pai o amor pelas artes, já que Tunicão agitou, junto a seu amigo Móia, o carnaval de São José.

E não foi só Antônio Filho que se destacou nas artes. Seu irmão, o saudoso Marcius Newton de Lima ganhou o mundo circense com o inesquecível palhaço Pirolé.

Já o entrevistado, que enquanto viveu em São José estudou na E.E. Dr. Cândido Rodrigues, contou que iniciou na música ainda criança. “Comecei tocando corneta no Grupo de Escoteiros do Professor Mário de Syllos. Depois fui convidado o tocar na fanfarra pelo professor de Educação Física Luiz Abichabki, já no Ginásio. Mais tarde participei da Banda União Riopardense, do Maestro Carmelo Cônsolo”, disse.

Antônio destacou que seu primeiro trabalho, apresentação foi quando foi ao Rio de Janeiro tocar no programa “Lira de Chopotó, com a Banda União Rio-Pardense.

Antônio Carlos aos 14 anos na Banda União Rio-Pardense

“Aos 17 anos fui para São Paulo para servir ao Exército e como já era apaixonado por música estudei no Conservatório Villa Lobos, na Escola de Música e Regência, onde me graduei no Trompete”, informou.

O trompetista rio-pardense também serviu à Guarda Civil de São Paulo e foi o primeiro trompete solista da Banda Sinfônica da Polícia Militar, onde participou entre os anos de 1974 a 1987.

“Também fui solista do Maestro Baccareli nos casamentos e fui convidado para participar do tradicional Jazz Band, onde toquei de 1972 até 1987, inclusive com vários CDs gravados e realizando shows pelo Brasil todo”,

Antônio contou, ainda, que participou de algumas produções do cinema nacional, entre elas “Amor Estranho Amor”, “Eros e Eu”, e contracenou com Tarcísio Meira, Xuxa e Vera Fisher.

Registro histórico: Ao lado de Vera Fischer quando participou de algumas filmagens no cinema brasileiro

“Porém, entre todos os momentos especiais de minha carreira como trompetista, destaco dois: Um deles durante uma apresentação com o Tradicional Jazz Band, que viajamos por todo o Brasil e encerramos a turnê em Brasília, onde fomos recepcionados com um teatro lotado! A segunda foi durante uma apresentação na Associação Atlética Riopardense com o Tradicional Jazz Band, quando recebi uma placa de prata – adorei a surpresa!”.

Hoje, Antônio, que já passou dos 70 anos e reside em São Paulo há 55 anos, toca trompete apenas como hobby em algumas bandas, entre elas a Jazz Band Ball e a Suiss College Dixie Band, uma banda formada por suíssos que moram no Brasil e tocam Jazz Tradicional, estilo também apreciado pelo trompetista.

Ao voltar às raízes rio-pardenses, o trompetista afirmou que a maior saudade da terra natal é a Ponte Metálica. “Passei minha juventude nadando, remando, pescando e pulando da ponte – quantas saudades”.

Além dela, Antônio também disse saudoso dos amigos rio-pardenses. “Pretendo, assim que puder, passear em São José, rever meus amigos, os lugares maravilhosos de minha cidade natal e, claro, tocar meu trompete por aí também”, concluiu.

O trompetista rio-pardense com a Suiss College Dixie Band, uma banda formada por suíssos que moram no Brasil e tocam Jazz Tradicional
Antônio Carlos com a esposa Sônia, a filha Gabriela, o genro Celinho e o filho do casal Natan, o filho Fernando com a namorada Pan

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