Café: Presidente da Cooxupé diz que colheita tem boas perspectivas, apesar da Pandemia
Apesar da Pandemia do Novo Coronavírus, existem boas perspectivas para o colheita do café neste ano, que já teve início em meados do mês de abril, mas que a maior parte da mesma será realizada partir da 2ª quinzena deste mês de maio e primeira semana de junho. Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da Cooxupé, Carlos Augusto Rodrigues de Melo, disse que o ano é atípico, mas especialmente no Sul de Minas Gerais a colheita deverá acontecer sem maiores problemas, e que deve ser uma colheita de uma boa safra.
“Ainda está cedo para se dizer sobre o volume, mas tudo sinaliza que será uma colheita de muito boa qualidade e, se o tempo nos ajudar, faremos a colheita talvez em um período mais longo, mas de uma maneira bem otimista em relação ao mercado”, afirmou.
Diante de todo o cenário que não atinge só o Brasil, mas sim os principais consumidores de café do mundo, Carlos Augusto acredita que a perspectiva do setor também é positiva. “Tempos atrás já previmos que teríamos pouco café em estoque no Brasil e o mercado mundial é muito dependente do Brasil”, destacou, acrescentando que a cooperativa está com o menor estoque de café em 14 anos e que por conta disso estão vendo preços condizentes com a realidade e necessidade.
Carlos Augusto destacou ainda que o produtor tem aproveitado as oportunidades do mercado, vendendo nos momentos em que os valores compensam e garantem uma margem de lucro ao produtor.
O presidente da Cooxupé afirmou também que o café precisa ser colhido dentro do prazo necessário e que, por isso, não concorda com a idéia de se atrasar a colheita por força da presença do Coronavírus. “O que define o nosso trabalho é a natureza, se o grão ficou pronto, maduro, ele tem de ser colhido; nossa prioridade é a qualidade do café”.
Ele ressaltou que será neste período de maior colheita que a esperança voltará renascer com força nos cafezais de Minas, já que o café é fonte de grande distribuição de renda. “Tudo nessa vida tem que ser feito com bom senso; e eu acredito que nossa vida vai continuar dentro da normalidade”, finalizou.
Fonte: Notícias Agrícolas