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Câncer de Mama: Oncologista Uanderson Resende destaca a importância da prevenção

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O câncer de mama pode ocorrer em qualquer idade, mas geralmente os casos se concentram em mulheres acima de 50 anos de idade

O www.minhasaojose.com.br também apoia a Campanha Outubro Rosa e traz mais informações sobre o Câncer de Mama, dessa vez por meio do médico Uanderson Resende, que também é oncologista do Setor Oncologia SAVISA.

Ele explicou sobre a doença e destacou que a mesma não acomete apenas as mulheres, mas pequena porcentagem de homens.

Dr. Uanderson ressaltou a importância dos exames preventivos, do tratamento multidisciplinar e afirmou que 96% dos pacientes se curam da doença. Confira, abaixo, a matéria na íntegra.

Dr. Uanderson, o que é o câncer de mama?

A suspeita do câncer de mama surge de duas formas: 1) presença de um nódulo palpável no exame clínico realizado pelo médico ou pela própria paciente, assim como outros sinais como coceira e vermelhidão local; 2) outra forma é a partir de uma lesão suspeita na mamografia, ecografia de mamas ou ressonância de mamas

Ele pode acometer mulheres de todas as idades?

O câncer de mama pode ocorrer em qualquer idade, mas geralmente os casos se concentram em mulheres acima de 50 anos de idade

Homens também podem desenvolver a doença?

Sim, o câncer de mama pode ocorrer nos homens, pois eles tem também glândulas mamárias. Geralmente representam em torno de 1% do total de casos.

Como as mulheres podem fazer o auto exame e a partir de qual idade é indicada a mamografia?

O auto exame clínico é sempre sugerido que seja realizado pelas mulheres para conhecerem suas mamas, e pela alta sensibilidade, poderem identificar quaisquer lesões iniciais que possam alterar a anatomia da mama. Quaisquer orientações devem ser realizadas pelas pacientes junto ao oncologista ou mastologista. A idade da mulher para iniciar o rastreamento do câncer de mama pela mamografia é diferente segundo o Ministério da Saúde ou as sociedades médicas especializadas. O Ministério da Saúde defende o início do rastreamento aos 50 anos de idade, ao passo que a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica e a Sociedade Brasileira de Mastologia defende o início do rastreamento pela mamografia aos 40 anos de idade.

Quando existe casos da doença na família, é recomendado que as descendentes façam exames mais precocemente ou até retirem as mamas?

A retirada das mamas de descendentes em 1º grau como forma profilática de Câncer de mama é muito controversa devido a relação conflituosa entre benefícios e custos/riscos. Em geral, somente parentes em 1ºgrau de mulheres com um câncer de mama altamente agressivo, comprovadamente relacionado a mutação genética do gene BRCA-1 e/ou BRCA-2, devem realizar a avaliação da ressecção profilática das mamas. Mesmo assim, há um risco residual de 15% do câncer de mama se manifestar. Há também a questão de se realizar a retirada dos ovários, e de outras investigações clínicas específicas.

É verdade que amamentar diminui os riscos de câncer de mama?

Sim, o ato de amamentar se associa com a redução do risco de câncer de mama.

Como ocorrem os tratamentos atualmente?

O tratamento do câncer de mama é multidisciplinar, envolvendo oncologia, radioterapia, cirurgia, psicologia, fisioterapia, nutrição, enfermagem, entre outros. Em relação ao tratamento oncológico, há muitas modalidades de tratamento, que são criteriosamente definidos de acordo com o tipo de tumor, seu tamanho, presença de acometimento tumoral axilar, idade, comorbidades, entre outros

Há como prevenir o câncer de mama? A doença tem cura?

O câncer de mama é prevenível por auto exame clínico, exame clínico médico, mamografia e outros exames complementares. Sim, a maioria das mulheres atingem a cura com o tratamento adequado (em média 96% das mulheres alcançam a cura)

Qual a importância de um acompanhamento multidisciplinar aos pacientes?

O tratamento multidisciplinar é extremamente relevante por contribuir em diversas linhas de cuidado a um paciente fragilizado pela doença, assim como seus familiares. A importância da fisioterapia, enfermagem, nutrição, psicologia, assistente social, fonoaudióloga, cuidados paliativos, etc, no tratamento vai desde a melhora da qualidade de vida dos pacientes a aumentar a sobrevida do paciente, ofertando dignidade a um doente no seu momento de maior fragilidade

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