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Carol Travesso: O recomeço através da descoberta de um novo talento, o artesanato

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Reportagem e Texto: Natália Tiezzi Manetta

Recomeçar. Palavra mágica que todos já usamos ou usaremos em nossas vidas e que fez e ainda está fazendo parte de um momento muito especial de Emília Carolina da Silva Travesso, ou Carol Travesso, como é conhecida. Em meio a esse recomeço após um período profissional atribulado, ela descobriu um novo talento, o artesanato, e vem deixando sua criatividade ganhar formas, contornos e lindos bordados por meio de linhas, agulhas e suas habilidosas mãos.

“Aprendi a costurar com a minha mãe, que é uma exímia costureira, e nunca fiz curso. O aprendizado veio de olhar, prestar atenção. Comecei a costurar há três anos, quando ainda tinha meu comércio, o Venda Branca, e meu ateliê era lá mesmo. Fazia e vendia algumas peças, mas após um período profissional conturbado que meu marido e eu vivenciamos passei a olhar o artesanato com mais carinho e dedicação”, contou Carol.

Ela destacou que o artesanato se tornou uma terapia e que, através dele, se encontrou profisssionalmente. “Digo sempre que na adversidade surgem as oportunidades e foi assim que aconteceu comigo. Hoje me identifico cada vez mais com o artesanato, amo o que faço, sempre procuro oferecer novidades aos meus clientes e, graças a Deus, estou tendo a oportunidade de expor meu trabalho para que todos possam conhece-lo”, disse.

Carol é expositora da Feira da Terra, que acontece nas manhãs de sábado na Praça do Mercado. Lá, ela mostra e comercializa as artes do seu ateliê, o ‘Linha Branca’, como bolsas confecionadas e bordadas à mão, sousplast (porta-pratos), tapetes, além de peças em madeira de demolição, feitas pelo marido, Breno Travesso, e, claro, os marca-textos, carro-chefe em vendas pela personalidade e delicadeza dos bordados.

“Cada peça é um carinho especial, um pensamento, uma forma de expressar minha criatividade e de poder tocar as pessoas positivamente. O marca-texto, por exemplo, surgiu de uma pesquisa na Internet, onde vi alguns modelos diferentes e incorporei bordados. O resultado chamou a atenção dos clientes. É uma peça diferente que pode ser usada no dia-a-dia ou até presentear”, afirmou a artesã.

CAROL EXPÕE SUAS BELAS PEÇAS NA FEIRA DA TERRA, PROMOVIDA NAS MANHÃS DE SÁBADO NA PRAÇA DO MERCADO

AMOR DE FILHA À MÃE

Os tapetes comercializados na barraca de Carol na Feira da Terra são confeccionados pela mãe, Rita de Cássia, ou ‘Tia Rita’, como gosta de ser chamada. A artesã tem um amor e uma admiração muito grande pela mãe e até mudou seu ateliê para a casa dela para ficarem mais próximas.

“Sou grata à minha mãe em tudo na minha vida, principalmente porque ela praticamente criou meus filhos Bianca, Breno e João. Senti que estava na hora de cuidar dela também, além do meu querido pai, senhor João Carolino, e neste ano mudei meu ateliê para a casa deles”.

Carol disse que essa proximidade com os pais está fazendo muito bem à ela e também à mamãe. “A ‘Tia Rita’ é uma inspiração para mim. Além disso, ela dá bons palpites, me corrige quando precisa, enfim, é minha força, minha coragem! E sinto que te-la costurando, produzindo junto comigo faz com que se sinta útil e, claro, ocupe a mente com muita coisa boa, já que seus tapetes são únicos em beleza e carinho de mãe”, ressaltou Carol.

Além da mãe, do pai, filhos e marido, outra inspiração da artesã é a sobrinha Tainá. “Acho que toda a família abraçou essa ideia da ‘Carol artesã’ e hoje me sinto cada vez mais realizada com este trabalho, com o reconhecimento e carinho das pessoas, com a admiração dos clientes, enfim, acho que renasci profissionalmente falando”, observou.

RECOSTRUINDO UM SONHO

Além do sucesso no artesanato, Carol e Breno estão tendo a oportunidade de reconstruir um sonho: a volta do espaço Venda Branca. “Mais uma vez acredito que as provações de Deus em nossas vidas são para mostrar que algo melhor vai acontecer. Basta acreditar e lutar por nossos sonhos e é o que estamos fazendo, e agora contando também com minha irmã e cunhado nesta nova empreitada. Vêm muitas novidades por aí”, comentou Carol.

Questionada sobre escolher entre o artesanato e a nova fase do Venda Branca, Carol foi enfática: os dois! Jamais deixarei o artesanato, as linhas e agulhas sempre farão parte da minha vida. Foi com elas que aprendi um novo caminho, que me redescobri profissionalmente e que me fizeram acreditar que era possível recomeçar!”, concluiu a artesã.

Para quem quiser conhecer um pouco mais do ateliê ‘Linha Branca’, siga pelo Instagram: Linha.Branca

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