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Casa Esperança serviu mais de 850 refeições às pessoas que passaram pelo local no mês de maio

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Espaço também está oferecendo acompanhamento médico, realização de exames, além de passagens para moradores de rua que não são de São José

Voluntariado: A família Boteon na preparação do almoço de domingo às pessoas em situação de rua que estavam na Casa Esperança

Entrevista e texto: Natália Tiezzi 

“Um primeiro mês onde nossos objetivos foram alcançados e pudemos oferecer um pouco mais de dignidade às pessoas em situação de rua”. Assim Terezinha Presti da Silva, coordenadora da Casa Esperança, destacou as primeiras semanas de trabalho no espaço, localizado no bairro Santo Antônio. 

Somente em maio, Terezinha informou que a Casa Esperança serviu 264 cafés da manhã, 313 almoços, 312 jantares, além de 315 banhos e 264 pernoites na Casa. “Cerca de 22 pessoas passam diariamente pela Casa. Porém, esse número às vezes cai para 15 ou sobe para mais de 30 pessoas por dia”, disse. 

Além de alimentação, banho e repouso, a Casa Esperança também conta com auxílio médico, por meio do Dr. Romano Cassoli, cujo trabalho é voluntário. “Toda semana ele passa por aqui e assiste às pessoas, pede exames. Eles são acompanhados pela equipe da Casa para a realização dos mesmos, uma vez que quase todos possuem algum tipo de comorbidade”, explicou Terezinha. 

Ela informou, ainda, que neste período uma pessoa foi encaminhada para realização do CADÚnico, cinco para fazer documentos no CREAS e 10 pessoas receberam passagens para que pudessem voltar ao município de origem.  

“Também gostaríamos de agradecer o apoio que recebemos da Guarda Civil Municipal, que permanece na entrada da Casa na hora do almoço e também à tarde para orientação e segurança de todos, inclusive das próprias pessoas que procuram o local e também da equipe que lá presta serviço”. 

Terezinha destacou que os domingos estão sendo muito especiais na Casa Esperança. “Neste dia, um voluntário prepara a refeição deles, geralmente com um cardápio diferenciado, e pode conhecer as instalações e como a Casa funciona. Essa é uma forma de incentivar o voluntariado e fazer com que a população conheça um pouco do trabalho que vem sendo desenvolvido no local”. 

No último domingo, por exemplo, a coordenadora informou que a família Boteon foi a responsável pelo almoço na Casa. No cardápio constou paella caipira, feijão, salada e gelatina com morango de sobremesa. Além de pão caseiro para o café da tarde. 

“A expectativa para as atividades e trabalhos na Casa Esperança são as melhores possíveis. Sabemos que há muitas coisas para se adequar, inclusive a questão da terapia ocupacional para as pessoas que ali estão, mas estamos otimistas, sempre buscando alternativas para otimizar o funcionamento da Casa”, relatou Terezinha. 

Sobre a opinião das pessoas que frequentam a Casa Esperança, a coordenadora disse que os relatos emocionam. “É emocionante a gratidão deles pela comida, roupa, banho, cama e principalmente pelo acolhimento na Casa. Sabemos que não é fácil deixar as ruas, mas é possível e a Casa Esperança é essa primeira oportunidade que estão tendo para começar um novo ciclo. Isso nos enche de entusiasmo para este trabalho, que é um grande desafio, mas infinitamente satisfatório”, concluiu. 

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