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Casa Verrone e Embrapa assinam acordo para pesquisas sobre vitivinicultura de precisão

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A união das informações referentes aos estudos e atividades permitirá que o viticultor conheça a variabilidade do seu vinhedo, determinado as zonas de manejo diferenciado (foto: southamericawineguide.com)

A união das informações referentes aos estudos e atividades permitirá que o viticultor conheça a variabilidade do seu vinhedo, determinado as zonas de manejo diferenciado

A Embrapa Instrumentação, em São Carlos – SP, e a Casa Verrone, em Itobi – SP, assinaram no final de 2019, um acordo de cooperação técnica para a realização de atividades de pesquisas sobre vitivinicultura de precisão. Basicamente este trabalho procura avaliar como o solo e as plantas variam em um vinhedo e identificar uma possível relação com a produção e qualidade das uvas e, consequentemente, com o vinho produzido.

A videira ‘Syrah’ é a que está sendo avaliada, em um vinhedo de cerca de 1,1 hectare. O ano de 2020 foi o primeiro ano de coleta de dados e encontram-se em análise. O objetivo é a avaliação de três safras.

O conhecimento da variabilidade espacial do solo está sendo feita por meio de medidas da condutividade elétrica aparente do solo, utilizando-se um medidor portátil desenvolvido pela Embrapa Instrumentação, as quais serão relacionadas com análises físico-químicas do mesmo solo.

As videiras estão sendo avaliadas por meio de índice de vegetação, utilizando-se sensores que realizam medidas próximas às plantas (por isso chama-se sensoriamento remoto proximal). Por sua vez, as medidas do índice de vegetação são relacionadas com o vigor vegetativo da videira e com outras medidas que são realizadas na videira (número de cachos por planta, peso total de cacho por planta, peso médio de cacho, características enológicas das uvas).

CONHECIMENTO E MANEJO DIFERENCIADO

A união dessas informações permite que o viticultor conheça a variabilidade do seu vinhedo, determinado as zonas de manejo diferenciado, ou seja, em uma parte do vinhedo uma prática agrícola poderá ser realizada de modo diferenciado em relação à outra parte do vinhedo.

“O que está sendo diferenciado no momento é a colheita de uvas de plantas com maior e menor vigor vegetativo, para que as uvas destas zonas ou sub-áreas possam ser analisadas e vinificadas separadamente. Então, o vinho de cada zona de manejo também será avaliado. É nesta fase, a da análise das uvas, vinificação e análise dos vinhos, que a Epamig Uva e Vinho, em Caldas – MG, dará importante contribuição ao nosso trabalho, além de colaborar também na caracterização do comportamento ecofisiológico da videira”, explicou o produtor e empresário Márcio Verrone.

PRODUÇÃO

Ele destacou ainda que a adição da dupla poda da videira, prática adaptada pela Epamig em vinhedos da região Sudeste com altitude acima de cerca de 700 m, consiste na poda para a formação da planta no início do segundo semestre do ano (não há produção de uvas, pois as inflorescências / cachos são removidos) e a poda de produção realizada no início do ano. Isto faz com que o período de maturação das uvas ocorra em um período de menor temperatura do ar (maior amplitude diária de temperatura, o que contribui para a maturação) e a colheita da uva seja realizada no período de inverno, nos meses de junho e julho. Por isso, localidades consideradas como regiões de clima quente do estado de São Paulo estão produzindo os chamados de vinhos de inverno.

O que está sendo diferenciado no momento é a colheita de uvas de plantas com maior e menor vigor vegetativo, para que as uvas destas zonas ou sub-áreas possam ser analisadas e vinificadas separadamente. Então, o vinho de cada zona de manejo também será avaliado“, observou o produtor e empresário Márcio Verrone
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