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Cerimônia: Ana Paula Lacerda emociona com explanação sobre a Revolução Constitucionalista

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Na tarde de terça-feira, dia 11, o Legislativo Municipal promoveu singela Cerimônia alusiva à Revolução Constitucionalista de 1932, movimento armado iniciado em 9 de julho daquele ano, liderado pelo estado de São Paulo, que defendia uma nova Constituição para o Brasil e atacava o autoritarismo do Governo Provisório de Getúlio Vargas. Durante quase quatro meses, os paulistas entraram em confronto com tropas fiéis a Vargas e, isolados, foram derrotados. Entretanto, o levante não foi em vão, pois, em 1934, era promulgada a nova Constituição brasileira.

A Cerimônia, realizada pela Casa de Leis pelo 2º ano, foi instituída por meio da Resolução nº 20, de 03 de novembro de 2022, de autoria do vereador professor Rafael Kocian.

Vereadores, autoridades como a vice-prefeita Algemira Pinheiro de Souza, o 1º Sargento e Chefe de Instrução do Tiro de Guerra 02-038 Welton Luis Monteiro Farias, além de professores e Atiradores do TG presenciaram a Cerimônia, que neste ano teve como Oradora Ana Paula Lacerda, Curadora da Casa de Cultura Euclides da Cunha.

Ana Paula também fez um contraponto entre a Batalha e os dias atuais e a importância de se discutir a política

Em sua explanação, Ana Paula promoveu uma verdadeira aula aos presentes e internautas sobre a Revolução Constitucionalista, destacando não apenas a questão política, mas de interesses, de conquistas. Ela observou que as ações do passado se refletem no presente e, muitas vezes, permeiam o futuro: seja de um estado, país ou a nossa própria vida. “Assim como ocorreu na Batalha, que mesmo que os paulistas tenham sido derrotados, essa derrota não foi em vão, já que dessa luta uma nova Constituição estava nascendo, a qual melhorou as condições de vida, de trabalho de todos os brasileiros daquela época, refletindo até hoje. Por isso é tão importante falarmos, discutirmos, abordamos a política, que é, acima de tudo, ação”, afirmou.

Ana Paula também lembrou os soldados rio-pardenses que lutaram na Batalha, 198 combatentes, sendo que destes sete morreram nos confrontos. “Em alguns sítios e fazendas ainda estão preservadas as trincheiras, já que o território de São José do Rio Pardo estava em ponto estratégico na Batalha, entre Minas e São Paulo. Além de tudo que a Revolução trouxe, ela também causou a união, pois famílias auxiliavam os soldados, abriram suas casas a eles, quantos voluntários auxiliaram, médicos, enfermeiros, enfim”.

Em um contraponto aos dias atuais, a oradora destacou que “a ditadura sempre vai cometer barbáries, que a democracia política social é o melhor caminho ao desenvolvimento e que é preciso lutar, sempre, pelos nossos direitos”.

Já a vereadora Lúcia, em seu discurso, salientou a contribuição da Câmara ao conhecimento e à reflexão de todos por meio da Cerimônia. “Que esta marque a todos com conhecimento, mas principalmente com desejos de luta, trabalho, enfrentamento e muita, muita coragem, ações e sentimentos que sempre devem fazer parte de nosso cotidiano. E que assim como aqueles que lutaram na Revolução Constitucionalista possamos almejar a vitória nossa de cada dia, mas mesmo que isso não ocorra de momento, que tenhamos garra para luta-la no dia seguinte, almejando sempre melhorar a nós mesmos e contribuir à melhora do próximo, em todos os âmbitos da sociedade”.

Após as considerações, o cerimonial foi conduzido pela chefe de gabinete parlamentar, Natália Tiezzi, que também fez a leitura dos nomes dos sete soldados mortos na Batalha, destacados no livro “A Revolução na minha Aldeia e Outras Crônicas”. Segundo a publicação, eles foram citados no livro intitulado “Cruzes Paulistas”, editado pela Campanha Pró-Monumento e Mausoléu ao Soldado Paulista de 1932.

No último ato da Cerimônia, a oradora Ana Paula foi agraciada com Moção de Congratulações, de autoria da vereadora Lúcia Libânio, em agradecimento e reconhecimento à sua excelente contribuição acerca do tema.

A Cerimônia foi encerrada com todos os presentes entoando o Hino de São José do Rio Pardo.

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