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Cinco pacientes do Centro Regional de Nefrologia foram transplantados neste ano

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Número ainda é considerado baixo; o preconceito e a falta de informação diminuem as doações de órgãos e tecidos

Texto: Natália Tiezzi

Doação de órgãos. Um assunto que ainda gera dúvidas, insegurança e até polêmica, mas que precisa ser esclarecido e exposto à sociedade. Doar um órgão vai muito além da doação de uma parte do corpo de alguém em óbito ou morte cerebral decretada, é doar esperança, é doar vida.

Acerca do assunto, o médico nefrologista do Centro Regional de Nefrologia, Rafael Sanches Humel, em entrevista à Assessoria de Imprensa da Prefeitura, destacou a importância de ser um doador não apenas de órgãos, mas também de tecidos, o que inclui medula óssea, córneas, ossos. “O Brasil ainda possui um número abaixo do ideal de doadores. No caso de rim, por exemplo, 130 mil pessoas estão em diálise no país, com inclusão de 10 mil pacientes por ano, sendo que são realizados 6 mil transplantes anualmente”, destacou.

Dr. Rafael observou que a doação de órgão significa empatia, amor ao próximo e transformação na vida do transplantado. “Oferecer um órgão, doa-lo diminui o sofrimento da pessoa em tratamentos e é uma opotunidade de melhorar as condições vitais dos pacientes”, destacou.

O nefrologista destacou que o preconceito e a falta de informação ainda são grandes barreiras para a doação de órgãos. “É possível transformar um pouco aquele momento de dor ao perder um ente querido em amor dizendo sim à doação de orgãos”, ressaltou.

Apesar disso, o Centro Regional de Nefrologia comemora vitórias diante da doação de orgãos, cuja insituição tem exercido importante trabalho na busca por doadores, especialmente rins. Segundo o CRN, nos últimos quatro anos, foram realizados cerca de 30 transplantes em pacientes atendidos pela unidade. E neste ano, apesar dos problemas causados pela pandemia, já foram realizados 5 transplantes. Parece muito, mas, infelizmente não é, conforme os dados que o próprio médico nefrologista destacou acima, entretanto, cada doação de órgão, cada transplante realizado é uma grande vitória da vida.

DIA MUNICIPAL DE CONSCIENTIZAÇÃO À DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

Neste ano foi instituído em 6 de outubro o Dia Municipal de Conscientização à Doação de Órgãos. O Projeto de Lei foi de autoria do vereador Rafael Kocian que, inclusive, já vivenciou a doação de órgãos na sua própria família.

“Temos uma preocupação muito grande com a doação de órgãos e tecidos. O Brasil é o segundo país do mundo em número de transplantes, mas ainda muitas pessoas morrem na fila, esperando sua vez. Por outro lado, muitas famílias não autorizam a doação de órgãos de um ente que teve morte cerebral. Por isso, se for da sua vontade, converse com sua família, conscientize. Doe órgãos!”, afirmou o vereador.

E Rafael está certo. O Brasil é o segundo país no mundo em número de transplantes e é o que mais faz transplante através do sistema público. Porém, só no ano passado, das 6.476 entrevistas familiares para autorização de doação houve 2.716 negativas, ou 42% do total (dados do Ministério da Saúde).

“Portanto, reflita. A doação de órgãos de uma pessoa com morte encefálica pode salvar várias vidas! Se for do seu desejo, converse com seus familiares. O transplante não é uma simples cirurgia. O transplante é um procedimento que envolve a mais profunda conexão entre seres humanos”, finalizou Kocian.

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