Covid-19: Juliana Flausino fala sobre pico de novos casos, agravamentos e pede cautela no feriado
Entre os dias 21 e 28 foram registrados mais 117 casos, uma média de quase 17 por dia, o que deixou a cidade em estado de alerta
Entrevista e texto: Natália Tiezzi
A Covid-19 teve seu pico de novos casos na última semana. No período entre 21 e 28 foram registrados mais 117 casos positivos, uma média de quase 17 ao dia, o que deixa a cidade em estado de alerta máximo à doença.
Em entrevista ao www.minhasaojose.com.br, a secretária municipal de Saúde, Juliana Flausino destacou que, além dos novos casos, São José ainda possui 164 pacientes ativos, ou seja, aqueles que ainda têm a doença. “É um número muito alto de doentes ativos, o que nos preocupa muito, pois isso quer dizer que a taxa de transmissibilidade ainda é muito alta aqui no município”, observou.
Ela destacou também que houve um aumento considerável nos casos que se agravaram. “Tivemos muitas internações entre os dias 17 e 21, cerca de mais de 10 por dia, com casos mais graves, inclusive com necessidade de UTI. Nesta semana as internações diminuíram um pouco, porém foram registrados mais óbitos”.
Juliana chamou a atenção para os próximos dias de pagamento que talvez serão concomitantes ao feriado de 7 de setembro. “O que percebemos é que de 12 a 15 dias após os dias de pagamento há um aumento de novos casos e internações, o que nos leva a crer que muitas pessoas estão relaxando nas medidas de prevenção, principalmente descumprindo o isolamento social e promovendo encontros familiares, festas, etc”.
A secretária pediu a colaboração da população nas medidas de prevenção e fez uma apelo: “Nestes dias estratégicos de pagamento e feriado é preciso muita cautela. Não estamos numa situação favorável da doença para confraternizações, encontros, basta lembrarmos o que aconteceu na cidade no último Dia dos Pais. Realmente não queremos que isso aconteça de novo, por isso pedimos para que as pessoas mantenham o isolamento social, façam sempre o uso de máscaras e o distanciamento mínimo de 1,5 metros ao sair de casa, lavagem e desinfecção das mãos. Ainda não temos vacina e o controle da doença depende de todos nós.
MELHORIAS NA SAÚDE RIO-PARDENSE
Embora enfrentando um quadro crítico da doença na cidade, Juliana mencionou que a saúde rio-pardense conseguiu promover algumas melhorias. “Pedimos a habilitação de mais 4 leitos UTI e ficaremos com 5. Também habilitaremos 4 leitos de suporte ventilatório, que são considerados intermediários, além de 5 na enfermaria. Ao todo ficaremos com 14 leitos oficiais específicos de Covid”, disse, acrescentando que o Pronto Socorro já providenciou mais 6 leitos de retaguarda, caso haja uma sobrecarga de internações na Santa Casa.
Juliana falou, ainda, da chegada de uma nova ambulância que será essencial nesta fase, já que as remoções aumentaram. “Também conseguimos organizar um espaço no Pronto Socorro exclusivo para gestantes e puérperas suspeitas. Assim elas não precisarão dar entrada na maternidade desnecessariamente como ocorre hoje, e habilitamos os nossos dois centros de referência para Covid”, concluiu.
Em tempo: a foto de capa da matéria, com a secretária de saúde, é de Gazeta do Rio Pardo.