Depressão: Nutricionista Fábio Tavella explica a importância da alimentação e suplementação
Texto: Natália Tiezzi
Você sabia que a alimentação tem papel fundamental no controle e combate à Depressão? Alimentos podem contribuir positiva ou negativamente com o quadro depressivo. Para explicar essa importante relação, o www.minhasaojose.com.br traz entrevista com o nutricionista Fábio Tavella.
Ele explicou que a depressão tem como base deficiências de vitaminas, minerais e questões emocionais. “Quando se faz a reposição de nutrientes, associado à terapia há o restabelecimento da qualidade de vida. Na área da nutrição funcional, a depressão é tratada a partir do intestino”, disse.
Entre os alimentos ‘vilões’ ao intestino, Fábio destacou o Glúten. “Quadros de depressão podem ter melhoras com a retirada do Glúten da alimentação, sendo o mesmo causador de inflamações intestinais. Quando o intestino fica inflamado o triptofano é utilizado, pois ele tem como função ser antinflamatório, além de ser percursor de 5HTP, que posteriormente se transforma em serotonina, que é o hormônio do bem estar, da felicidade.
O nutricionista observou que pessoas com quadros depressivos devem verificar os níveis de serotonina e lítio no organismo. “Se a serotonina está baixa indica inflamação intestinal e pelo triptofano estar sendo utilizado como uma das formas inflamatórias, infelizmente sobra pouco para se transformar em 5HTP e serotonina.
A boa notícia é que o lítio, por exemplo, pode ser reposto por meio de alimentos como a lentilha e o ômega 3. “Probióticos tem mostrado eficácia nos estudos clínicos e na prática com o relato dos pacientes também”, complementou.
Ele destacou, ainda, que a verificação adequada dos exames de sangue para a reposição de vitaminas e minerais em níveis adequados e quando necessário faz o sistema fisiológico responder de forma esperada. Portanto, é importante que pessoas que possuam quadros de depressão estejam sempre com os exames em dia.
Além de uma alimentação adequada, suplementações, o nutricionista afirmou que a atividade física também é grande aliada no combate à depressão. A prática de exercícios físicos produz o hormônio irisina, que tem função antidepressiva, reduz inflamação e também ajuda no tratamento de Alzheimer e Parkinson”.
Por fim, Fábio afirmou que um cardápio com alimentação balanceada, principalmente voltado a quadros depressivos, só podem ser desenvolvidos por nutricionistas, que é o único profissional autorizado a prescrever dietas. Bem como a prática de atividade física, que sempre deve ser supervisionada por um educador físico. “E lembrem-se: nós somos o que comemos, o que não comemos (jejum), e o que pensamos!”.