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Dia do Surdo: Fonoaudiólogas Juliana e Marina explicam a surdez e formas de tratamento

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No último domingo, 26 de setembro, foi lembrado o Dia Nacional do Surdo, devido ao fato desta data lembrar a inauguração da primeira escola para Surdos no país em 1857, com o nome de Instituto Nacional de Surdos Mudos do Rio de Janeiro, atual INES-Instituto Nacional de Educação de Surdos.

E engana-se quem pensa que a surdez ou os problemas auditivos acometem apenas as pessoas mais idosas. A cada ano, o número de pacientes jovens que apresentam alguma dificuldade na audição aumenta significativamente.

Para falar sobre a surdez e demais problemas que acometem a audição, o www.minhasaojose.com.br conversou com as fonoadiólogas Juliana Pizani e Marina Canavezi, que também são representantes da ReSound, marca centenária em aparelhos auditivos, que oferece o que há de melhor em qualidade e conforto para seus clientes.

Mas, afinal, o que é a perda auditiva? Antes, temos que destacar que entre todos os sentidos do corpo humano, a audição ocupa um papel único responsável pela aquisição de conhecimento e integração social dos indivíduos.

Quando algum problema ocorre nesse sentindo podem surgir algumas dificuldades relacionadas a escuta de sons diários como: conversas casuais, assistir TV, falar ao telefone entre outras situações que podem gerar desde irritabilidade até o isolamento social.

“A perda auditiva, na maioria das vezes, ocorre de forma lenta, silenciosa e por isso demora a ser percebida por algumas pessoas. Se estes sintomas são vivenciados por você ou alguém de sua família, uma avaliação profissional deve ser encaminhada para que a devida solução possa ser oferecida”, observaram as fonoaudiólogas.

TIPOS DE PERDA AUDITIVA

Juliana e Marina explicaram que o ouvido humano é divido em 3 partes, ouvido externo, ouvido médio e ouvido interno. O órgão sensorial do ouvido é a cóclea: ela é capaz de decodificar os sons em graves médios e agudos e transmito-los ao nervo auditivo que por sua vez manda a mensagem ao córtex temporal que fara a compreensão da mensagem captada pelo ouvido.

“A perda auditiva pode ser de três tipos: neurossensorial, mista e condutiva. Nos casos das perdas neurossensoriais o ouvido interno está afetado, cóclea  e nervo auditivo, neste caso é necessário a reabilitação com próteses auditivas. As perdas mistas em alguns casos podem ser tratadas com otorrinolaringologistas, e também podem ser reabilitadas com próteses auditivas. Neste caso o dano ocorre no ouvido médio e no ouvido interno concomitantemente. Já as perdas condutivas na maioria das vezes o tratamento com otorrinolaringologista é satisfatório fazendo com que haja regressão do quadro. Neste caso o ouvido médio (sistema tímpano-ossicular) estará afetado”, informaram.

Ambas ressaltaram que quando se trata de deficiência auditiva, uma a cada três pessoas com mais de 65 anos tem alguma perda auditiva.

“Apesar de mais comum em idosos, as dificuldades auditivas também afetam os mais jovens, devido a diversos fatores incluindo doenças na infância, patologias labirínticas, fatores genéticos, doenças metabólicas e infecciosas, exposição ao ruído alto ou medicamentos. A verdade é que pessoas de todas as idades podem sofrer perda auditiva. Com muitas opções de tratamentos disponíveis, há poucas razões para não procurar ajuda”, destacaram.

COMO DETECTAR A PERDA AUDITIVA?

As fonoaudiólogas afirmaram que o ouvido humano é capaz de ouvir sons de 20Hertz a 20000Hertz o equipamento Audiômetro é capaz de analisar parcialmente nossa audição nas frequências de 250hz  8000hz. A perda auditiva é detectada por de exames Audiológicos básicos: Audiometria tonal, audiometria vocal e Impedânciometria com pesquisa de reflexos acústicos.

O profissional que realiza esses exames é o Fonoaudiólogo Especialista em Audiolologia ou médico Otorrinolaringologista.

Em bebes logo ao nascer o mesmo passam pela Triagem Auditiva com o teste de Emissões Otoacústicas ou PEATE/BERA potencial evocado auditivo de tronco encefálico baixo, ambos testes não dependem da resposta da criança e avaliam a cóclea e o nervo auditivo respectivamente.

HÁ COMO EVITAR A PERDA AUDITIVA?

Marina e Juliana observaram que é impossível bloquear todo o ruído ambiental. Pode ser uma construção, trânsito ou em um show, somos rodeados por diversos sons o tempo inteiro.

“E o que podemos fazer?  Podemos em determinadas situações controlar algumas das suas exposições ao ruído. Fabricando tampões de ouvidos sob medida que visam a atenuação do som em situações extremamente ruidosas do nosso cotidiano. As pessoas que trabalham em ambientes ruidosos, como ruídos industriais e ruídos contínuos devem pedir aos seus empregadores que providenciem instrumentos de proteção auditiva individual, os famosos EPIs (Equipamento de Proteção Individual)”, salientaram.

A IMPORTÂNCIA DO TRATAMENTO PRECOCE

As profissionais alertaram que a perda auditiva não apenas afeta a condição de ouvir os sons, secundariamente à ela existem outros comprometimentos neurais que podem levar o indivíduo a ter sintomas de mudança de comportamento social, alienação, isolamento, depressão e redução da capacidade de memória (demência). Sintomas estes que merecem atenção de multiprofissional.

“Por tal motivo quanto antes identificada a perda auditiva e tratada menor será a repercussão destes sintomas”.

Sobre os tratamentos, ambas explicaram que em alguns casos eles podem ser cirúrgicos com Otorrinolaringologista e em outros existe a indicação de próteses auditivas. O profissional que realiza a reabilitação auditiva, por meio de próteses auditivas (aparelho auditivo) é o Fonoaudiólogo Audiologista.

Mesmo em perdas auditivas de grau mínimo dependendo da idade isto pode interferir no funcionamento cerebral do indivíduo e acelerar ainda mais o processo de envelhecimento natural do cérebro, pois há uma perda de estimulo de uma via importante.

Existem casos que a reabilitação auditiva ocorre por meio de Implantes cocleares, esse por sua vez é colocado cirurgicamente dentro da cóclea, pelo Otorrinolaringologista. Sua indicação é peculiar e muito minuciosa sendo necessário diversos exames e avaliações Audiológicas para indica-lo.

A perda auditiva não deve e nem pode afetar seu estilo de vida. Atualmente a tecnologia das próteses auditivas oferecem opções para tratar os diferentes tipos de perda auditiva, como aparelhos auditivos, que permitem que você viva a vida ao máximo, sem barreiras.

Com o avanço da tecnologia o que mudou nos aparelhos auditivos atualmente?

As representantes dos aparelhos ReSound afirmaram que os aparelhos auditivos hoje utilizam 100% de tecnologia digital acompanhando a tecnologia dos computadores.  São operados por meio de softwares cada vez mais avançados que proporcionam uma condição auditiva mais natural possível ao paciente. Alguns modelos são recarregáveis com duração de bateria por até 30horas, dispensando o uso de pilhas.

O aparelhos auditivos são cada vez menores e mais potentes, e resistes à umidade e a cera tornando os aparelhos mais duráveis e resistentes. Outra tecnologia que também está presente nas próteses é a tecnologia sem fio promovendo a conectividade dos aparelhos auditivos a diversos equipamentos de áudio, TV, telefone, microfone e controle remoto.  Desta forma, melhorando significativamente a qualidade de vida desse paciente em situações especificas que muitas vezes as não eram solucionadas somente com as próteses auditivas convencionais.

Hoje os aparelhos auditivos mais modernos podem ser controlados via Smart Phone, os aparelhos se conectam via Bluetooth. Por meio de aplicativos que baixados no celular fazem toda a programação de volume, mudança de programa, localização das próteses auditivas (se acaso houver perda das mesmas), transmissão de chamada e áudio direto no aparelho auditivo, poderá ouvir música do celular direto o aparelho auditivo.

Dicas para promover a saúde da sua audição:

-Tenha hábitos saudáveis de vida como alimentação, esportes, sem ingestão excessiva de álcool ou fumo.

-Não tome medicamentos sem orientação médica.

-Evite ambientes com muito barulho, danceterias, shows.

-Não introduza objetos nos ouvidos, a limpeza deve ser feita somente por fora do canal auditivo.

-Nunca utilize medicamentos ou qualquer outra substancia diretamente nos ouvidos sem orientação do Otorrinolaringologista;

-Sempre use proteção nos ouvidos se for se expor em ambiente com ruído intenso

-Evite uso excessivo de fones de ouvido em intensidade elevada

-Cuide da sua saúde geral

Algumas dicas ajudam os familiares e amigos a melhorar a convivência com pessoas com limitações auditivas:

·Fale pausadamente e olhe de frente para a pessoa com limitações auditivas.

·Fale pouco mais alto, e NÃO GRITE.

·Se a pessoa não compreender bem, repita o que foi dito empregando palavras diferentes. Isso aumenta a chance de compreensão.

·Não fale gritando de outros aposentos da casa.

·Incentive a instalação de alarmes luminosos para a campainha da casa e do telefone.

·Incentive uma avaliação médica do problema. O acompanhamento médico deve ser constante.

·Se houver indicação médica ou Fonoaudiológica para uso de aparelhos auditivos, estimule a usá-lo. Há aparelhos modernos ou bem discretos. Faça com que o idoso escolha um modelo do seu gosto.

Se você tiver dúvidas ou sentir que pode estar com algum problema ou dificuldade com relação à audição, a fonoaudióloga Marina Canavezi atende seus pacientes na Prima Centro Clínico, na Rua Benjamin Constant, 320 – Centro, São José do Rio Pardo. Ela também apresentará e indicará, conforme a necessidade, os aparelhos ReSound.

www.evoluirclinica.com.br

Fga. Juliana Madureira Pizani
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