Dra. Giovanna Giovanelli destaca o amor à Medicina e o exercício da profissão em Rio Pardo
Entrevista e texto: Natália Tiezzi
Estudar, dedicar-se, formar-se em Medicina não é apenas um sonho para muitos estudantes e familiares. Médico é muito além do ser: é exercer, com o mais nobre sentimento, o amor, essa profissão tão complexa, que ganha e perde todos os dias, mas que se nutre da empatia, da compaixão, do comprometimento para escutar, entender, cuidar e curar as dores (que são inúmeras) do próximo.
O parágrafo acima descreve com propriedade a mais nova médica rio-pardense, Dra. Giovanna Giovanelli Elias Ortega, que, em entrevista ao www.minhasaojose.com.br contou sobre sua trajetória antes, durante e depois da graduação na tão sonhada profissão, a qual confessou que não teve influência para segui-la.
A médica, que na infância e adolescência em Rio Pardo estudou nos Colégios De Grau em Grau/COC e Lumen, deixou a cidade aos 17 anos para fazer Cursinho, estudou em Ribeirão Preto e afirmou que exercer a Medicina na ‘terrinha’ está sendo uma grande e agradável surpresa.
Dra. Giovanna também mencionou a importância da família em sua escolha profissional, observando o apoio incondicional da mãe, Soraya, nesta jornada.
Ela explicou como está sendo o início das atividades aqui em Rio Pardo e na região, onde também atua, e em que área pretende se especializar.
Sobre o que é ser uma boa médica e o que os pacientes podem esperar dela, Dra. Giovanna foi enfática. “Ser um bom médico é se colocar no lugar do paciente a todo momento e dar o seu melhor durante o atendimento”, afirmou.
Confira, abaixo, a entrevista na íntegra.
Natália Tiezzi: Dra. Giovanna, por que você optou pela Medicina? Alguma pessoa ou familiar a inspirou?
Dra. Giovanna Giovanelli Elias Ortega: Desde pequena sempre gostei de ajudar, escutar e acolher o próximo. Lembro de brincar muito com as minhas bonecas, eu era a médica e elas as minhas pacientes. Também sempre gostei de desafios, e a medicina foi e continua sendo um grande desafio na minha vida. Na minha família não há médicos. Não lembro de ser inspirada por alguém para seguir essa profissão.
Onde cursou Medicina?
Minha graduação foi pela Universidade de Ribeirão Preto – UNAERP, entre o segundo semestre de 2017 ao primeiro semestre de 2023.
Para cursa-la, em que ano saiu de Rio Pardo?
Saí de Rio Pardo em 2016 para fazer cursinho voltado para Medicina em Campinas, no Poliedro. Fiquei por lá um ano e meio. Em janeiro de 2017 passei em Medicina na Universidade de Santo Amaro (UNISA), mas por estar muito longe de casa optei por continuar no cursinho mais um tempo. Em junho de 2017 recebi a notícia de que tinha sido aprovada em Medicina na UNAERP e na HUMANITAS (São José dos Campos) e acabei optando por Ribeirão Preto.
Qual foi seu maior desafio e o maior aprendizado ao ‘estudar fora’?
Acredito que o maior desafio foi ficar longe da minha mãe, a quem sou muito apegada, e da minha família. O cursinho era de segunda a sábado e aos domingos tinham simulados, entao era muito difícil voltar para casa. Perdi muitas comemorações, datas de aniversários, mas no final tudo valeu a pena. O maior aprendizado, sem sombra de dúvidas, foi o amadurecimento. Sair de uma cidade pequena como São José para morar em Campinas com apenas 17 anos não foi fácil. Passei por muitas dificuldades emocionais, todavia foram necessárias para meu crescimento e amadurecimento.
Você sempre quis voltar a Rio Pardo após a formatura?
Sendo bem sincera, esse pensamento nunca passou pela minha cabeça. Estar aqui hoje é uma grande surpresa para mim!
Quando ocorreu esse retorno, quando iniciou o trabalho como médica e onde atua?
Iniciei meu trabalho como médica no início de julho de 2023, atuando em pronto atendimento no Pronto Socorro, SAVISA, UNIMED e também nas cidades vizinhas, sendo no PPA de Casa Branca e Vargem Grande do Sul.
Você pensa em fazer alguma Especialização? Em qual área?
Ainda não deu tempo de me especializar, a maioria das provas de Residência ocorrem ao final do ano, mas penso em seguir a área da Psiquiatria: A nossa mente é algo sensacional de se estudar.
Dra., o que é ser uma boa médica?
Acredito que ser uma boa médica é sempre ouvir as queixas do paciente, se colocando no lugar dele a todo momento e dar o seu melhor durante o atendimento (anamnese, exame físico, hipótese diagnostica e conduta). O olhar no olho, o toque e a empatia são essenciais quando se fala da relação médico-paciente. Nunca, em hipótese alguma, devemos deixar cor, condição socioeconômica, religião, identidade, escolhas e afins influenciarem no atendimento.
Qual a sua maior satisfação e a maior insatisfação na Medicina?
Minha maior satisfação na Medicina é poder fazer o bem, não importa a quem. Às vezes tudo o que o paciente precisa é se sentir acolhido e com apenas uma simples conversa, um sorriso ou um toque físico você consegue mudar o dia dele: isso não tem preço. Acho que a maior insatisfação de um médico é quando não se tem mais nada a fazer pela cura ou tratamento de um paciente.
Qual o papel de sua família na sua formação? Sempre houve apoio?
A minha família é a melhor família do mundo! Sempre me apoiaram e estiveram ao meu lado durante todos esses anos. Minha mãe, a pessoa mais importante da minha vida, viveu todo esse sonho comigo. Ela nunca soltou a minha mão e nunca deixou de me apoiar em todas as decisões que eu tomei até hoje. Então o meu mais verdadeiro obrigada é para ela. Essa conquista é nossa!
Para concluir, o que os pacientes podem esperar da Dra. Giovanna?
Eles podem sempre esperar respeito, carinho, empatia, humildade, bom humor e um sorriso no rosto. Tento sempre dar o meu melhor e o meu máximo em todas as consultas. Gosto de explicar tudo o que estou fazendo para que não haja dúvidas e dificuldades na hora do tratamento.
