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Eduardo Raddi: Ele saiu de São José aos 18 anos e hoje é Gerente de Projetos na BIC/Brasil

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Além da empresa de origem francesa, o rio-pardense também passou pela CPFL, McDonald e AMBEV, sempre atuando na área de Information Tecnology (IT)

Entrevista e texto: Natália Tiezzi

Amigos internautas, vamos novamente matar as saudades de mais um rio-pardense que há anos está longe de São José? No “Cadê Você?” desta semana, o www.minhasaojose.com.br destaca um pouco da vida profissional de Eduardo Morgan Raddi, que saiu de Rio Pardo quando tinha apenas 18 anos e hoje trabalha em uma multinacional, a BIC/Brasil.

Nascido e criado na Vila Formosa, Eduardo frequentou escolas públicas enquanto residiu por aqui, entre elas a E.E. “Dr Cândido Rodrigues” e a E.E. “Euclides da Cunha”. O primeiro contato escolar fora de São José foi ainda no Ensino Médio, quando fez curso de Técnico em Informática Industrial na “Eletrô”, em Mococa, nos anos de 1998 e 1999.

Eduardo é graduado em Processamento de Dados pela FATEC de Americana e possui MBA em Gestão de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ele destacou algumas empresas onde trabalhou, descreveu um pouco de seu trabalho atualmente como PMO – Gerente de Projetos na BIC, empresa de origem francesa que fabrica a famosa caneta BIC, os isqueiros e também os barbeadores.

Durante a entrevista, Eduardo, que atualmente reside em Jundiaí com a esposa e dois filhos, contou sobre o que é o melhor e o que o pior na profissão, os projetos futuros, que incluem a cidadania italiana para abrir caminhos para os filhos estudarem na Europa, e, claro das saudades que sente de sua terra natal.

Confira, abaixo, a entrevista na íntegra.

Ao lado da mãe, Shirley, do saudoso pai, sr. Paulo, com a esposa Rúbia e o filho Lucas

Eduardo, em que ano aconteceu sua primeira oportunidade de morar fora de São José? Foi para estudar?

Eduardo Morgan Raddi: Saí de São José com 18 anos, no ano de 2000, logo após finalizar o ensino Médio, quando passei no vestibular da FATEC de Americana.

Você teve a influência de algum familiar ou amigo na escolha de sua profissão?

Sempre fui muito ligado a computação, tendo feito meus primeiros cursos em 1992, com apenas 10 anos. Seguir uma carreira na área de IT (Information Tecnology) foi algo natural e a escolha pela FATEC de Americana se deu por conta de um conhecido rio-pardense (Alberto Paterlini Pereto), que havia estudado na mesma instituição e se tornou uma referência.

Após a conclusão dos estudos, qual foi seu primeiro emprego? Ou você conseguiu trabalho (estágios) antes de se formar?

Durante o período da faculdade comecei a trabalhar no próprio departamento de informática da FATEC desenvolvendo o website da faculdade. Tive uma rápida passagem por várias empresas como CPFL, McDonald (na área de IT), AMBEV, até que cheguei na BIC em 2010.

Conte um pouco dos trabalhos que já desenvolveu na BIC e qual seu cargo atual.

Em 2020 completei 10 anos na BIC empresa de origem francesa que fabrica a famosa caneta BIC, os isqueiros e também os barbeadores. Iniciei na BIC na área de IT como Analista de Sistemas e durante 6 anos tive a oportunidade de estudar sobre Gestão de Projetos, primeiro fazendo MBA, depois estudando inglês e por último buscando a certificação de PMP (Project Management Professional) do PMI (Project Management Institute). Ainda dentro do departamento de IT e já especializado em gestão de projetos, assumi uma posição regional como responsável por projetos de IT para a América Latina trabalhando com os times da Argentina, Chile, Uruguai e principalmente do México.    Em janeiro de 2017 fui convidado a conduzir o Escritório de Gestão de Projetos da BIC Brasil, atuando como responsável por Projetos Corporativos (qualquer projeto que vise redução de custo, melhoria de processo, re-estruturação de área, Adequação Legal, etc) e também Projetos de Lançamento de Produtos, ambos seguimentos sendo projetos estratégicos da empresa.

Eduardo (o quarto em pé, da esquerda para a direita) junto à equipe de trabalho na BIC/Brasil

O que é o melhor e o que é o pior nesta profissão?

A melhor coisa da profissão de Gerente de Projetos com certeza é o alinhamento com a estratégia de uma grande empresa multinacional, participando das decisões e da implementação das mudanças. Por outro lado, a cobrança e a pressão por tudo acontecer de forma correta, no tempo correto e trazendo o benefício esperado são os ônus.

Qual a principal lição que aprendeu ao ir morar fora tão jovem e constituir carreira em uma grande multinacional?

A vida sempre irá lhe proporcionar dois caminhos, ficar ou ir, desistir ou continuar e você sempre poderá escolher somente um caminho para trilhar. Então, nestes momentos, é importante escolher com sabedoria e ter consciência que talvez um dos caminhos jamais poderá ser percorrido e seu resultado nunca será conhecido. Escolher sair de São José foi um decisão pensada e para isso abri mão do convívio de familiares e de amigos, mas por outro lado as oportunidades e trabalhos que tive dificilmente seriam possíveis se estivesse ficado na cidade.

Sua família, tanto a daqui de Rio Pardo, quanto a que você constituiu sempre o apoiou em suas decisões profissionais?

Sim, minha mãe sempre apoiou os estudos e foi fundamental para que eu pudesse estudar na Eletrô em Mococa, pois era um desejo de meu pai quando jovem e não foi possível pois os pais dele não deixaram. Quando eu manifestei o desejo, trabalhava com meu pai e sua primeira reação foi a de dizer que não. Mas minha mãe o questionou sobre o desejo dele de ter feito o curso técnico e ter este desejo negado pelo pai. Ele logo reconheceu e permitiu que eu pudesse estudar na Eletrô.

Qual foi o momento mais marcante de sua carreira?

Quando eu assumi a PMO (Gerência de Projetos/escritório de projetos) de IT para a América Latina foi um momento muito gratificante. Eu estava na BIC há 6 anos, havia feito o MBA que leva aproximadamente 3 anos, estudei inglês (que nem um louco) por mais 2 anos e me certificando como PMP, o que leva mais 1 ano aproximadamente. Porém, seguia como Analista de Sistemas com desejo de me tornar um Gerente de Projetos. Assumir esta posição depois de 5 anos de dedicação a estudo foi muito bom e isso mostra que as coisas não acontecem no nosso tempo, temos que estar preparados para quando surgirem as oportunidades.

Com parte dos amigos rio-pardenses: “as maiores saudades de Rio Pardo são a família e os amigos”

Vamos falar de saudade. Qual é a maior delas de São José do Rio Pardo?

Família e Amigos. Quando vou para São José passo todo o tempo com eles (antes da Pandemia), vou da casa de um amigo para a casa de um parente… e da casa um parente para a casa de um amigo.

Para finalizar, quais são seus projetos futuros?

Estou em processo de cidadania Italiana, pensando em abrir as portas para os meus filhos para que possam estudar na Europa, caso tenham este desejo. O processo de conhecer os antepassados e também a busca por documentos é extremamente gratificante e por 2 anos venho me dedicando a estudar, conhecer e montar a minha árvore genealógica. O benefício disso tudo? Quem sabe, um dia, também morar na Europa…

Em família: Eduardo ao lado da esposa, Rúbia, e dos filhos Lucas e Lais
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