Enfermagem: Rafael Vedovato Bernardi destaca a paixão e os desafios da profissão
Entrevista e texto: Natália Tiezzi
A Enfermagem – Uma profissão que exige muito além do conhecimento e precisa ser exercida por pessoas que vislumbrem mais do que o salário, mas a empatia, a atenção, o carinho com o próximo quando esse está, via de regra, em sua condição mais vulnerável: na doença, na recuperação, no tratamento.
Encontrar profissionais que se ‘entreguem’ à Enfermagem por amor ao próximo não é muito fácil, já que, muitas vezes, a remuneração e o cotidiano cansativo não são muito convidativos, e muitos acabam desistindo da carreira. Entretanto, um bom exemplo de enfermeiro dedicado e que tem verdadeira devoção e paixão pela nobre profissão é Rafael Vedovato Bernardi.
Em entrevista ao www.minhasaojose.com.br, ele compartilhou um pouco de sua trajetória de quase 20 anos de carreira e como o cuidado com o ser humano o despertou à Enfermagem.
Rafael já trabalhou em diversos empresas e instituições voltadas à área da Saúde e atualmente dispõe de seu competente serviço à Operadora SAVISA, concomitantemente à área da Educação, já que também é professor nos Cursos Técnicos de Enfermagem da Fundação Educacional e em Vargem Grande do Sul.
O Enfermeiro também falou sobre a satisfação e os desafios da profissão, preconceito, histórias marcantes – verdadeiros milagres que já presenciou com muitos pacientes.
Vamos conhecer um pouco mais sobre Rafael? Confira, abaixo, a matéria na íntegra.
Natália Tiezzi: Rafael, quando e onde se graduou em Enfermagem? Você fez outros cursos além da graduação?
Rafael Vedovato Bernardi: Possuo graduação em Enfermagem desde 2006 pelo UNIFEOB- Centro Universitário Fundação de Ensino Octávio Bastos, de São João da Boa Vista; Pós graduado 2009 em Docência em Ensino profissionalizante em Enfermagem pela Faculdade São Luís, de Jaboticabal; Pós graduado em Enfermagem Centro Cirúrgico, Unidade de Recuperação Pós Anestésica e Central de Materiais e Esterilização e Instrumentação Cirúrgica, pelo Centro Universitário UniFaveni e estou cursando Pós Graduação em Enfermagem em Oncologia pelo Centro Universitário UniFaveni.
Por que optou pela Enfermagem e faz quanto tempo que atua na área?
Sou Formado há 18 anos e minha opção pela Enfermagem foi pelo carinho, amor e respeito pelo ser humano.
Quais as empresas/instituições onde você já trabalhou e onde trabalha atualmente?
Exerci a profissão como Enfermeiro nas seguintes Instituições: Unimed de São José do Rio Pardo, como Enfermeiro da Ala Cirúrgica; Na Santa Casa de São José do Rio Pardo, como Enfermeiro do Centro Cirúrgico. E atualmente sou Enfermeiro da Operadora de Saúde SAVISA, responsável pelo Setor da Oncologia.
Você também gosta de passar seus conhecimento e técnicas por meio do Magistério?
Sim! Sou professor do curso técnico de Enfermagem do Colégio da Fundação Educacional de São José do Rio Pardo e do Curso Técnico de Enfermagem da Escola D. Pedro II, em Vargem Grande do Sul.
O que é o melhor e o que é pior nesta carreira?
O melhor é a gratificação de ver com seu cuidado, zelo, conhecimento e profissionalismo a recuperação da saúde da pessoa. O pior é você ver, muitas vezes, a vida passar por suas mãos e não ser capaz de salva- lá.
Ainda há muito preconceito com profissionais do sexo masculino?
Ainda pode existir, apesar que isso vem mudando com o passar dos anos, e o avanço tecnológico e científico.
O que é ser um bom Enfermeiro?
Um bom Enfermeiro é aquele que com ética profissional, conhecimento científico, solidariedade e vocação faz uma vida ser salva mediante à uma assistência bem prestada.
Há alguma história curiosa, marcante que aconteceu/presenciou ao longo de sua carreira?
Durante todos esses anos muitas coisas pude ver, ouvir e sentir, mas existem curiosidades que marcam nossa vida como aquele paciente/ cliente que está no leito, fora de possibilidade de recurso de cura e como uma forma de milagre recupera a saúde sem explicação, recebe alta e segue sua vida como se nada tivesse acontecido. Difícil ver e acreditar.
Qual é a sua maior inspiração à Enfermagem?
Minha maior inspiração é poder lidar com a dignidade humana e levar a ciência de forma afetuosa. Além dos meus professores, que por minha formação passaram e contribuíram para o meu saber!
Caso não fosse Enfermeiro, qual profissão seguiria?
Difícil responder essa pergunta, nunca parei para pensar se eu não fosse Enfermeiro o que eu seria… Talvez, como uma segunda opção, estudaria para Direito.
Para finalizar, o que você diria aos estudantes de Enfermagem que estão se formando ou iniciando no curso?
Eu diria que não existe profissão mais linda como ser Enfermeiro: é uma mistura de vocação, ciência, cuidado, amor, renúncia, tudo em prol da vida humana. Além disso, o cuidado humano edifica a nós como profissionais.