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Fisioterapeuta Denise Franchi Peixoto destaca atendimentos em Rio Pardo na Clínica Le Viver

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Natural de São Paulo, Denise adotou São José como segundo lar e mais uma opção para colocar em prática sua profissão junto aos pacientes rio-pardenses

Entrevista e texto: Natália Tiezzi

Dizem que quem passa por São José do Rio Pardo em algum momento da vida jamais esquece e quando pode sempre retorna. Foi exatamente isso que ocorreu com a fisioterapeuta Denise Cunha Franchi Peixoto, uma paulistana que adotou a ‘terrinha’ como seu segundo lar e também opção para exercer a profissão.

Ela residiu em Jundiaí até os quatro anos e depois mudou-se para São José, onde permaneceu até seus 15 anos, sempre mantendo um carinho especial pela cidade, já que a família é toda daqui e nos tempos em que aqui viveu fez muitos amigos e possui boas lembranças.

Denise graduou-se em Fisioterapia pela PUC-Campinas em 2008, além de possuir formações em terapia transpessoal na Dinâmica Energética do Psiquismo, Método Self-Healing Meir Schneider, Fáscia Connector, Reeducação do Movimento Ivaldo Bertazzo, Consciência Corporal pela estrutura óssea, Avaliação Postural pelos Trilhos Anatômicos, Acupuntura, Ozonioterapia, Cone Hindu e Cinesiologia.

Há três meses, a fisioterapeuta iniciou mais uma etapa profissional, que inclui atendimentos em São José, realizados na Clínica Le Viver.

Ao longo da entrevista, Denise falou sobre esses atendimentos em Rio Pardo e também contou um pouco sobre sua carreira, desde quando optou por seguir a profissão de fisioterapeuta até suas pretensões profissionais futuras, as quais você, internauta, poderá conferir na entrevista abaixo.

Denise, você me disse que não era natural de Rio Pardo. Onde nasceu e qual período morou aqui em São José?

Nasci em São Paulo, morei em Jundiaí até os 4 anos mudei para São José e fiquei até os 15 anos, quando saí para estudar em Campinas o segundo e terceiro anos do Ensino Médio, e acabei ficando por lá, pois passei no vestibular da PUC. Atualmente moro e trabalho em Campinas também!

Por que optou pela graduação em Fisioterapia? Você teve alguma influência para essa escolha?

Na época de vestibular eu queria administração, comércio exterior e prestei esses vestibulares; minha mãe falou para eu prestar fisioterapia e eu achava que não tinha nada a ver comigo, apesar de sempre ter feito dança, exercícios, e inclusive fisioterapia com a Benedita em São José, e eu adorava.  Naquela época não me via como fisioterapeuta. Quando passei eu não acreditava, não queria contar para ninguém. Decidimos, eu e meus pais, começar a faculdade para ver como seria. No terceiro ano de faculdade eu tinha decidido parar a formação quando conheci o método de Consciência Corporal baseado na estrutura óssea e comecei a enxergar o corpo de uma outra forma, integrando suas estruturas com as influencias do padrão mental e emocional: era o que eu queria fazer! Depois disso decidi que finalizaria a formação para poder trabalhar nessa área.

Qual foi seu primeiro emprego na área e quais outros trabalhos já fez?

Nesse espaço em Campinas, tive a oportunidade de começar a atender, nessa época dava aulas em grupo também e atendia em São José quando ia passar final de semana. Desde então fui atendendo em alguns espaços em Campinas, São Paulo, Americana e São José do Rio Pardo.

Como é seu trabalho aqui em Rio Pardo?

Voltei a atender em São José há 3 meses desde que uma paciente querida me procurou com degeneração macular, e começamos os atendimentos voltados para a visão. A partir disso as portas foram se abrindo, e decidi abrir a agenda a cada 15 dias de sexta-feira e sábado na Le Viver. A Le Viver é uma clínica que integra o cuidado a cada paciente que chega. Tem psicóloga, nutricionista, dentista, ginecologista e esse também tem sido um fator importante para minha decisão de retomar os atendimentos em São José, além de ter essa troca e encontro em família. Os atendimentos são baseados na necessidade de cada um, avaliando e traçando um plano de conduta para que a resposta seja eficaz. Tenho utilizado muito a ozonioterapia para potencializar o tratamento, imã em pontos de acupuntura, o Self-Healing que tem forte abordagem na terapia visual e principalmente escutar o que cada corpo conta e trás na sua história, para poder acessar a melhor abordagem de uma forma mais consciente para o paciente.

“Eu acredito na fisioterapia, principalmente na sua capacidade de trabalhar a funcionalidade corporal. Uma boa avaliação e um olhar integrado para ter um bom prognóstico são essenciais”, observou

O que é o melhor e o que é o pior em trabalhar com a Fisioterapia?

Eu acredito na fisioterapia, principalmente na sua capacidade de trabalhar a funcionalidade corporal. Uma boa avaliação e um olhar integrado para ter um bom prognóstico são essenciais. Vejo a fisioterapia como aquela profissão que abrange várias maneiras de atuar; ela é ampla e só depende do profissional se identificar e fazer com amor. Também acredito na fisio como um caminho preventivo, que já é considerada a medicina do futuro. O desafio na minha percepção é trazer a consciência de que o corpo é a resposta de tudo que vivemos, sentimos, pensamos, guardamos… e com essa consciência temos uma outra qualidade de tratamento.

Por que optou por Rio Pardo para também atuar na área?

Em São José, além de ter minha família, que acaba sendo um momento de encontro e afetivo; senti que era hora de levar um pouco do que aprendi, e de retomar com gratidão a tudo que vivi nessa cidade e com pessoas tão queridas.

Nestes anos de profissão, há alguma história marcante ou curiosa que tenha acontecido com você?

Tive muitos atendimentos marcantes e que foram, inclusive, me transformando. Um deles foi uma menininha que chegou com 1 ano e 6 meses andando de uma forma diferente: pedi exames e ela foi diagnosticada com displasia de quadril, quando o fêmur está fora do encaixe com o acetábulo. Como ela tinha uma funcionalidade ótima os médicos acabaram não percebendo. Fizemos uma preparação para a cirurgia, e durante esse período ela já teve mudanças no caminhar e se movimentar. Dois meses após a cirurgia o pai dela me procurou que ela tinha tirado o gesso, estava relativamente bem e o médico não indicou fisioterapia; mas o pai queria um olhar meu, pois via que a filha estava fraca e compensando muito para se movimentar. Após a avaliação começamos o tratamento, o foco das sessões foram exercícios e muita massagem baseados na técnica do Self-Healing; de uma maneira lúdica fomos cuidando daquele corpinho que estava cheio de medos e traumas ainda tão pequeno. Foi desafiador, pois de um lado tínhamos uma orientação de não fazer fisio e de outro pais que viam a necessidade da filha. Ela foi tendo grandes mudanças e cada vez que ia ao médico ele se surpreendia, tanto que ela precisaria passar por uma segunda cirurgia, e devido à resposta positiva dela com tratamento, a cirurgia não foi necessária ao longo desses 8 anos. Esse caso me marcou muito, pois vi uma menina que teria muitos motivos para ter uma limitação física e emocional transformar sua relação com seu corpo e descobrir seu grande potencial! É incrível a capacidade do corpo de responder e se regenerar. No trabalho de visão também atendi uma senhora com degeneração macular que tinha uma “nuvem” que embaçava a visão, e com a crença de que só iria piorar. Fizemos várias sessões e ela foi se soltando, entendendo seu processo com a visão e vendo como suas emoções e estresse influenciavam sua visão. Até que um dia fizemos um exercício, que já havíamos feito em outros atendimentos, e quando ela tirou o óculos reticulado percebeu que a mancha havia sumido. Foi uma alegria que nos duas começamos a chorar!!!

E qual a sua maior satisfação na Fisioterapia?

Em muitos atendimentos tenho a experiência do quanto o toque terapêutico é transformador e cura tantas dores que carregamos, me emociona ver o brilho nos olhos, a calma e a leveza após uma sessão. As técnicas são muito importantes, mas acredito muito no simples, no poder que um toque, um olhar acolhedor e o saber que não está sozinho; tem em um tratamento.

Para finalizar, quais são suas pretensões profissionais para o futuro?

A vida tem me surpreendido neste último ano, e estou aberta para novos projetos! Continuo os atendimentos em Campinas e em São José, e acredito que logo devo vir toda semana atender na Le Viver. Quero também dar workshop de corpo e visão em breve! Tenho planos de trazer um curso para profissionais com esse olhar da psicossomática e sobre o toque terapêutico! E sobre fazer cursos, bom essa é umas das coisas que mais amo, e tem alguns que quero fazer em breve para aprofundar na fisioterapia ocular e no mundo da fáscia! Neste momento estou me especializando em Medicina Chinesa, Ozonioterapia e Fáscia. Estudar, aprender e colocar em prática em mim para depois levar para os pacientes é o caminho que busco fazer e que acredito!

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