Guilherme Santos fala da carreira e da experiência na Secretaria Municipal de Obras
Entrevista e texto: Natália Tiezzi
Amigos internautas. O www.minhasaojose.com.br inicia nesta semana uma série de entrevistas com os secretários e secretárias municipais, objetivando mostrar um pouco da trajetória profissional de cada um, inclusive antes de ocuparem as pastas da Prefeitura.
Todos serão convidados a participar das entrevistas, e para começar destacaremos o perfil profissional de Guilherme Antônio dos Santos, que ocupa atualmente a função de secretário municipal de Planejamento, Obras e Serviços.
Aos 33 anos, ele é um dos mais jovens secretários da gestão do prefeito Marcio Zanetti e, ao longo da entrevista, contou que sempre gostou da área de exatas, porém a Engenharia Civil, a qual graduou-se, não era sua primeira opção quando prestou o vestibular.
Um tanto quanto tímido (“o que muita gente ainda confunde com arrogância”, como ele mesmo observou), Guilherme também falou sobre como começou a se interessar por política, fato que ocorreu durante os anos em que trabalhou na Câmara Municipal, bem como a rotina na Secretaria de Obras, cujo trabalho diário chega, muitas vezes, a mais de 12 horas.
O secretário destacou, ainda, seus objetivos profissionais na pasta, inclusive sobre quatro projetos que pretende ‘entregar’ ou ao menos desenvolver com plenitude durante sua atuação como secretário.
Com relação às críticas, uma vez que a área de planejamento, obras e serviços é uma das mais evidenciada, principalmente pela oposição, ele foi enfático. “Críticas sempre vão acontecer, pois a maioria das pessoas não conhece o cotidiano da Secretaria, suas burocracias, enfim. Aprendi a trabalhar, um dia de cada vez, com as possibilidades que tenho, da melhor maneira possível”, afirmou.
Confira, abaixo, a entrevista na íntegra
Guilherme, por que optou pela Engenharia Civil como profissão?
Guilherme Antônio dos Santos: Na verdade, fiz alguns cursos técnicos na área de Informática antes da faculdade e sempre gostei da área de exatas, calculo, etc. Porém, quando prestei o vestibular a primeira opção foi Engenharia Mecatrônica, que cursei por dois anos e depois migrei para Engenharia Civil, pois era uma carreira que estava muito em evidência no Brasil, principalmente por conta da Copa do Mundo de Futebol, construções de estádios, etc. Confesso que me encontrei profissionalmente, ou melhor, a Engenharia Civil também me encontrou.
Mas seu primeiro emprego não foi na área, não é mesmo?
Sim, meu primeiro emprego, aos 18 anos, foi na Câmara Municipal, na área de informática. Lá permaneci por oito anos, sendo que nos últimos dois já estava na faculdade. Foi uma grande experiência pessoal e profissional para mim, pois fiz muitos amigos, conheci muitas pessoas e acredito que comecei a me interessar por política ali, vivenciando a Casa Legislativa.
E como, de fato, começou a trabalhar com a Engenharia Civil?
Em 2013 recebi uma proposta de trabalho em uma empresa do ramo de materiais de construção. Aceitei o desafio. Em 2015 terminei a faculdade e veio mais um desafio: ser representante técnico de algumas empresas, do mesmo proprietário, onde basicamente trabalhava junto à Cargill e Nestlé. Foi uma época em que adquiri muita experiência na área, pois viajava muito, praticamente para todos os municípios paulistas da região onde havia unidades destas duas empresas.
Hoje, além da Secretaria de Obras, você desempenha mais alguma função?
Sim, tenho minha empresa de projetos, que é voltada a cálculos estruturais. Tento me dedicar à ela também, mas a Secretaria de Obras é praticamente integral. Costumo trabalhar às vezes por 12 horas diárias, manhã, tarde, noite! Mas é um trabalho gratificante porque não visa melhorias apenas ao município, mas interfere diretamente na qualidade de vida dos munícipes.
Por falar nisso, como você lida com as críticas ao seu trabalho, à pasta, pois é uma área que é sempre muito evidenciada, e às vezes negativamente?
Aprendi a trabalhar dia após dia, cada um deles dando o meu melhor, nas condições e situações que são apresentadas a mim. Muita gente não sabe como é o cotidiano da Secretaria, que esbarra em questões burocráticas, em prazos não cumpridos por outras empresas, em falta de mão de obra, materiais, ou seja, aquela obra que parece estar parada ou realmente está não é por “culpa” do secretário ou do prefeito. Ocorrem situações que fogem do nosso “poder” de atuação para resolve-las. Portanto, trabalhar nesta pasta também exige paciência, equilíbrio, mas sempre com a certeza de que estamos correndo atrás, não estamos sentados esperando a solução chegar até nós.
E quais são as metas do secretário nos próximos anos?
Tenho quatro metas, que chamo de pilares, que norteiam meu trabalho na Secretaria de Obras, que são a recuperação das vias públicas (recapeamento), a conclusão da obra do tratamento global de esgoto, a habitação, onde 900 casas já estão garantidas e agora para julho vem mais notícias boas nesta questão habitacional, e o polo de desenvolvimento do município, com a construção do novo distrito industrial.
Você acredita que até o final de sua gestão junto à Secretaria essas obras estarão concluídas?
A meta é essa, mas mesmo se não estiverem 100% concluídas, ao menos a população saberá que estão sendo realizadas, qual o andamento, cronogramas, ou seja, terão a certeza desse direcionamento em todas, situação que não se via há anos na cidade. O que posso garantir é que meu trabalho e de minha equipe é comprometido, dedicado e transparente e não tem como ser diferente porque obras, estruturas são vistas e os munícipes já estão notando a diferença na cidade. Não seria hipócrita de dizer que tudo o que foi deixado para trás durante décadas será resolvido nos próximos meses, mas hoje posso dizer que nosso trabalho é muito bem direcionado, estruturado e que, sem dúvida, colheremos excelentes resultados até o final desta gestão.