CIDADECULTURADESTAQUESOCIAIS

Homenagem na Comunicação: ‘Museu da Imprensa’ leva o nome do saudoso Fernando Torres

http://www.minhasaojose.com.br
O homenageado deixou legado não apenas na Comunicação, mas em diferentes áreas em que atuou com muita competência e dedicação

Um dos mais lembrados e queridos profissionais da comunicação rio-pardense será homenageado: o saudoso Fernando Torres agora dá seu honrado nome ao ‘Museu da Imprensa’, cuja inauguração está marcada para hoje, segunda-feira, 25 de setembro, Dia Nacional do Rádio, a partir das 18h00.

O Museu está instalado no prédio onde funcionam as empresas do Grupo Amigos do Rio Pardo, formado pelas rádios Difusora FM e Cidade Livre FM, e pelo jornal Gazeta do Rio Pardo, à rua Dona Olinda Ralston, 411, Vila Formosa.

O espaço reúne uma série de equipamentos utilizados pelas diferentes mídias ao longo de décadas e que contam um pouco da história da imprensa. O acervo conta com vitrolas, toca-discos, gravadores, câmeras fotográficas, equipamentos de som de várias décadas, televisor, máquinas de escrever, telefone transmissores de rádio, discos de vinil, filmadoras e muitos outros equipamentos.

A peça mais antiga é uma grafonola de corda da década de 1910. Também estão expostas dezenas de fotos que retratam o início das transmissões de rádio, quando ainda eram realizadas em auditório.

“A ideia surgiu a partir da vontade de contar essa história tão interessante da imprensa no Brasil. Fomos reunindo nossa própria história com a conservação de equipamentos e hoje temos um acervo bem interessante que, com toda certeza, vai remexer as lembranças do passado e aguçar a curiosidade dos mais novos”, explicou Henrique Gonçalves Torres, diretor das rádios e idealizador do Museu.

Ele complementou destacando que algumas peças são de propriedade.do Museu Rio-Pardense “Arsênio Frigo” e foram para o Museu da Imprensa em comodato. “Aproveito para agradecer o apoio da curadora Cristina Garcia”, disse.

E para quem imagina que o Museu é somente para agradar aos olhos, alguns equipamentos são interativos. Um estúdio antigo de rádio foi reproduzido no local, para que as pessoas possam manusear os equipamentos, usar o microfone e sentir-se realmente em uma emissora.

“Este espaço também será uma forma de homenagear o radialista Dirceu Chiconello, falecido no dia 3 de julho deste ano”, ressaltou Henrique.

Viagem ao tempo da Comunicação: Museu também é uma homenagem ao saudoso e querido Dirceu Chiconello, que faleceu em julho deste ano

VISITAS AO MUSEU

Após a inauguração, o Museu receberá visitas agendadas de grupos interessados do município e de toda região. “Receberemos grupos para visitas de pessoas que querem conhecer esse rico acervo, como instituições, escolas”, explicou a curadora e jornalista Giselle Torres Biaco, filha de Fernando Torres.

Segundo ela, as visitas serão uma oportunidade de conhecer a história da imprensa e como ela está atualmente. “Isso porque ao lado do Museu temos os estúdios das rádios Difusora FM e Cidade Livre FM, e também um estúdio de vídeo para transmissão de programas e podcasts. Então os visitantes poderão até mesmo interagir com os locutores ao vivo; vão conhecer como era no passado e como é atualmente, vendo a evolução do rádio com todas as tecnologias atuais.”

Giselle concluiu dizendo que se sentiu honrada pela homenagem. “Ficamos muito felizes em emprestar o nome do nosso pai para um lugar que conta a história da imprensa, área em que ele era mestre, tanto no rádio quanto no jornal. Agradeço em nome da minha família. Meu pai merece, sem dúvida alguma, todas as homenagens que são realmente destituídas de qualquer outro interesse, que não seja o de honrar o nome dele. Foi alguém que muito fez por essa cidade e cuja memória jamais poderá ser apagada.”

FERNANDO TORRES E SEU LEGADO: MUITO ALÉM DA COMUNICAÇÃO

O www.minhasaojose.com.br destaca, abaixo, um pouco da trajetória e do legado de Fernando Torres ao município, não apenas na Comunicação, mas também na Cultura, Educação, Política, etc. As informações foram compiladas por Giselle, a quem o site agradece pela gentileza ao compartilhamento dessa e demais informações que compõem essa matéria.

“Antonio Fernando Torres entrou em 1964 na Rádio Difusora, onde foi locutor, programador musical, sonoplasta e diretor, e também narrador esportivo por muitos anos. Transmitiu ao vivo apurações eleitorais, jogos de futebol e até mesmo de handebol, shows, eventos culturais, concursos carnavalescos e comícios, dentre muitos outros. Na década de 60, apresentou o primeiro show de Roberto Carlos na cidade. Começou na Gazeta do Rio Pardo em meados dos anos 60 e permaneceu por mais de 20 anos. Foi colunista, revisor, repórter e redator, chegando por duas vezes a editor.

Por mais de 10 anos integrou o Conselho Euclidiano e participou ativamente da programação euclidiana, seja na parte literária ou de cerimoniais, de eventos, de organização. Fez a revisão de artigos publicados na Revista Euclidiana e foi revisor e editor da Enciclopédia Euclidiana durante anos, bem como do Suplemento Euclidiano da Gazeta do Rio Pardo. Revisou praticamente todos os livros do professor e historiador Rodolpho José Del Guerra, além de publicações do professor Márcio José Lauria. Foi apresentador do FEMP (Festival de Música da Primavera) nos anos de 1994 a 1996 e em 2001 e 2002, nestes dois anos ao meu lado. Ele também foi mestre de cerimônias da Unimed Rio Pardo, editor e redator do Jornal da Unimed por 20 anos. Exerceu a função de Chefe de Gabinete Parlamentar da Câmara Municipal de São José do Rio Pardo por quase 20 anos, até seu falecimento em 2017.

Além da contribuição inerente à imprensa local, Fernando Torres foi professor de Português/Inglês do magistério estadual de 1968 a 1998; vereador em duas legislaturas (1983-1988 e 1993-1996), tendo sido Presidente da Câmara no biênio 1983-1984. Foi um dos fundadores do Rotary Club Oeste de São José do Rio Pardo e rotariano por 15 anos, tendo sido seu presidente em 1982-1983. Foi presidente do Rio Pardo FC em 2008.

O homenageado era casado com Zilda Marisa Amato Torres, com quem teve os filhos Giselle e Marcel, e quatro netos: Luísa e Emília (de Giselle e Marco Biaco); Caetano e Miguel (de Marcel e Melissa Fachinetto Torres)”.

http://www.minhasaojose.com.br
error: Caso queira reproduzir este conteúdo, entre em contato pelo e-mail: minhasaojose@uol.com.br