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Iran Abrão: Rio-pardense é Pró Reitor da PUC/Minas em Poços de Caldas há 13 anos 

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Ele saiu de São José aos 17 anos (incompletos) para estudar e após a graduação e pós graduação também foi professor na Pontifícia Universidade Católica 

Entrevista e texto: Natália Tiezzi

Amigos internautas. O www.minhasaojose.com.br, em seu espaço “Cadê Você?” desta semana traz um pouco da história profissional de um rio-pardense que foi morar fora quando tinha apenas 17 anos (incompletos) para estudar e atualmente ocupa a Pró Reitoria da PUC/Minas Gerais, campus Poços de Caldas: Iran Calixto Abrão. 

Aos 47 anos, ele é casado com Thatia Regina Bonfim, que é professora e pesquisadora da PUC Minas na área de Fisioterapia, e pai de Maria Clara, que também já é aluna da referida universidade no curso de Relações Internacionais. 

Entretanto, para chegar ao cargo de Pró reitor foram anos dedicados aos estudos, que iniciaram em São José nos Colégios Euclides da Cunha e Grafos. “Em 1990, mudei-me de São José para Campinas para cursar o terceiro ano do ensino médio. Até o ano seguinte, fiquei ainda entre as duas cidades. Em 1992, passei a morar em São Calos para cursar Ciência da Computação na UFSCar. Trabalhava com computação desde o final da década de 80 e sempre quis cursar Ciência da Computação na UFSCar pelas áreas de concentração que o curso apresentava. Em 1996, ingressei no Mestrado em Ciência da Computação com o desejo de me aprofundar em pesquisas na área. Na sequência, realizei meu Doutorado também nesta área”, explicou. 

Ao longo da entrevista, Iran também destacou momentos especiais da carreira, entre eles quando exerceu a docência na PUC/Minas, além de relembrar seus primeiros trabalhos ainda fora da universidade. 

O pró reitor falou ainda das saudades que sente de São José, apesar da proximidade daqui com Poços de Caldas, cidade onde reside atualmente, e explicou como é seu trabalho na universidade, considerada uma das melhores universidades privadas do Brasil, sendo a única instituição privada de Minas Gerais a fazer parte do ranking das melhores universidades do mundo, o Times Higher Education, além de reconhecida pela Congregação para a Educação Católica, do Vaticano, como a maior universidade católica do mundo. 

Iran com a esposa, Thatia Regina Bonfim, que é professora e pesquisadora da PUC Minas na área de Fisioterapia

Confira, abaixo, a entrevista na íntegra. 

Iran, quais as escolas e cursos que fez até chegar a ocupar seu cargo atual na PUC/Minas? 

Iran Calixto Abrão: Em São José do Rio Pardo estudei no Colégio Grafos e na Escola Estadual Euclides da Cunha durante os ensinos fundamental e médio. Cursei minha graduação na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), onde me tornei Bacharel em Ciência da Computação. Também na UFSCar, fiz o Mestrado em Ciência da Computação, na área de aplicações multimídia e redes de computadores. Depois, migrei para a Universidade de São Paulo (USP) para fazer o Doutorado em Ciências da Computação e Matemática Computacional, na área de análise de desempenho de redes de computadores. 

Qual foi seu primeiro emprego fora de São José? 

Em 1996, fui bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) para realização do meu Mestrado. No ano seguinte, com a criação do Campus da PUC Minas em Poços de Caldas, mudei-me para esta cidade a fim de trabalhar como professor do Curso de Ciência da Computação. Continuo na Universidade até hoje. 

Gostaria que destacasse mais alguns trabalhos que desempenhou 

Meus trabalhos foram sempre ligados à área de pesquisa e educação, estando relacionados principalmente à Ciência da Computação. Trabalhei com modelos e padrões para aplicações multimídia, como aplicações para TV Digital Interativa. Atuei ainda em análise e proposição de modelos para melhorar o desempenho de aplicações na Internet. 

Qual foi seu primeiro trabalho na PUC/Minas?  

Antes gostaria de destacar que a PUC Minas é considerada uma das melhores universidades privadas do Brasil – é a única instituição privada de Minas Gerais a fazer parte do ranking das melhores universidades do mundo, o Times Higher Education. É reconhecida pela Congregação para a Educação Católica, do Vaticano, como a maior universidade católica do mundo. Hoje, a PUC Minas abriga mais de 73 mil alunos em seus cursos de graduação e pós-graduação. Contamos com um corpo docente permanente de cerca de 1,7 mil professores e 2,9 mil funcionários. São sete campi localizados nas cidades de Belo Horizonte, Betim, Contagem, Arcos, Poços de Caldas, Serro e Uberlândia, além de três unidades – Barreiro, Praça da Liberdade e São Gabriel. A comunidade PUC Minas em Poços de Caldas é formada por 5.000 alunos, 210 professores e 200 funcionários técnicos administrativos. Quinze cursos são oferecidos pelo Campus: Administração, Arquitetura e Urbanismo, Biomedicina, Ciência da Computação, Direito, Enfermagem, Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Engenharia de Produção, Fisioterapia, Medicina, Medicina Veterinária, Psicologia, Publicidade e Propaganda e Relações Internacionais. 

Ingressei na PUC Minas em 1997 como professor do curso de Ciência da Computação. Em 1999, fui designado para a coordenação deste mesmo curso. 

O casal com a filha Maria Clara, também aluna da PUC Minas, campus Poços de Caldas no curso de Relações Internacionais

E desde quando assumiu a pró reitoria? Conte um pouco sobre esse cargo. 

Em 2008 fui designado para a Pró-reitoria do Campus da PUC Minas em Poços de Caldas, cargo que ocupo até hoje. O Pró-reitor é o representante do reitor no Campus. De modo geral, podemos destacar atribuições como estas: dirigir e administrar internamente o campus; administrar os recursos humanos, docentes e técnicos administrativos; fortalecer a conexão entre o campus fora de sede e o restante da Universidade; estreitar os laços entre a Universidade e a comunidade externa da cidade e região, entre outras ações. 

Qual foi o momento mais importante de sua carreira? 

Vários pontos foram marcantes na minha carreira profissional, sempre com o apoio incondicional de minha família. Acho que vale destacar as defesas do Mestrado e Doutorado e, sem dúvida, o primeiro dia em que entrei numa sala de aula como professor. 

O que é o melhor e o que é o pior em sua profissão? 

O melhor da profissão é, certamente, poder entrar em uma sala de aula e trocar conhecimento com os estudantes. É revigorante, pois não só ensinamos, mas também aprendemos muito com nossos alunos a cada dia.  Hoje, sem dúvida nenhuma, com a pandemia, tenho vivido os piores momentos da profissão e da nossa vida diária devido a todas as restrições impostas. A esperança é de que em breve, baseados na ciência e com todos vacinados, tenhamos dias melhores. 

Qual é a sua maior saudade de São José do Rio Pardo? 

Minha maior saudade de São José são os meus familiares. Meus pais, irmão, cunhada e sobrinhos residem em São José. Tenho também uma irmã que mora em São Paulo.  Sinto falta de grandes amigos da infância e adolescência que tenho em São José. Alguns ainda residem na cidade. 

Momento em família: Iran com os irmãos e os pais: “minha maior saudade de São José são meus familiares
Neste registro, com toda a família reunida: pais, filhos, genro, noras, netos

Qual foi a grande lição que aprendeu ao morar fora tão jovem e em diversas cidades? 

Por meio da minha profissão, tive a oportunidade de viajar bastante e passar momentos memoráveis em vários locais no Brasil e fora dele. Então, o respeito com os costumes, com as crenças e com as diferenças é uma lição diária que destaco. 

Quais são seus planos para o futuro? Voltar a morar e trabalhar em São José faz parte deles? 

Pretendo continuar estudando e me aprimorando sempre. A necessidade de atualização é constante. Felizmente, tenho a oportunidade de morar bem perto de São José, o que me permite visitar a terrinha sempre.  

Recordação de infância: Iran junto aos amigos do futebol na Associação Atlética Riopardense
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