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Saldo positivo: Semana Euclidiana contou com mais alunos inscritos, inclusão social e grandes abordagens

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Entrevista e Texto: Natália Tiezzi

Semanas após o término de mais uma edição da Semana Euclidiana, um dos eventos culturais de maior destaque em Rio Pardo e no Brasil, visto o enaltecimento da vida e obra do ilustre escritor e engenheiro Euclides da Cunha, o balanço foi positivo neste ano de 2024.

Em entrevista ao www.minhasaojose.com.br, a curadora da Casa de Cultura Euclides da Cunha, Ana Paula Lacerda, destacou alguns pontos que marcaram a 86ª edição, começando pela ampliação do número de vagas e alunos participantes.

“Tivemos um aumento considerável no número de vagas para estudantes rio-pardenses e visitantes, o que resultou numa participação maior, desde alunos do 5º Ano do Ensino Fundamental I até universitários”, observou.

Ainda sobre o Ciclo de Estudos, Ana Paula disse que se implementou uma nova forma de aulas, muito receptiva pelos alunos, principalmente do Ensino Médio e universitários, além de professores, por meio de bate-papos sobre diversos temas interligados ao central, que abordou “Euclides da Cunha e a República”

“O próprio tema, aliado a uma nova forma que também estamos propondo às aulas, debates, etc, alcançaram seus objetivos, ou seja, a reflexão, que não se limita apenas aos estudos da obra euclidiana, mas com contrapontos acerca do que cada um quer para o futuro, sobre o pleno desenvolvimento do país, nas mais diversas áreas, principalmente a ambiental, nossos deveres, direitos e ações”, afirmou.

Ana Paula também destacou as excelentes participações nas Conferências, inclusive com abordagem de mais um tema relevante, o Racismo, que deixou a todos impactados e reflexivos com a explanação do Professor Dr. José Carlos Sebe.

A inclusão aos portadores de deficiência foi mencionada pela curadora como mais destaque na S.E. deste ano, principalmente por meio de duas exposições, a “Retratos Euclidianos” e “Percepção Além do Olhar”, que proporcionaram mais interação, com recursos para os PCDs e demais públicos – uma verdadeira experiência para todos os sentidos.

DOS DESAFIOS À UMA NOVA SEMANA EUCLIDIANA

“Nunca é fácil fazer uma Semana Euclidiana.  A cada edição o desafio aumenta, não apenas sobre a programação em si, mas acerca de despertar o interesse das novas gerações aos estudos da obra euclidiana. E isso não é desafiador só para nós, euclidianistas, mas para a Educação como um todo”. Assim Ana Paula iniciou a resposta sobre os desafios da Semana Euclidiana neste ano.

Ela salientou que após a Pandemia de Covid-19 a Semana Euclidiana, como quase tudo no mundo, teve que se adaptar a novas realidades e ser produzida de formas diferentes, sem perder sua essência, porém despertando interesses diferentes aos diferentes públicos.

“A S.E. está passando por um processo histórico de reformulação, que não é fácil, mas está sendo possível, pois contamos com o auxílio do Conselho Euclidiano, professores e da própria população que, por vezes, sinaliza o que devemos manter, melhorar, aprimorar a cada edição. Todos os anos, e muito antecipadamente à data do evento, estudamos essas novas formas de levar o conhecimento a todos, de maneira a fazer com que os públicos interajam, aprendam, reflitam e possam agregar ao seu cotidiano a obra euclidiana – o que é cada vez mais possível, principalmente pela atualidade dos assuntos abordados por Euclides da Cunha em face à realidade em que vivemos”.

E o trabalho não para: “A Semana Euclidiana de 2025 já está sendo preparada. Já temos um tema em vista e também alguns convidados. Não podemos, não devemos e não vamos parar, pois a S.E. é um grande patrimônio rio-pardense, feita para a população de Rio Pardo e para todo o Brasil”, concluiu a curadora.

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