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“Sarau na Beira do Rio” resgatará a essência e as lendas do Pardo

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O show poético musical, composto por 12 músicas, será realizado no final da tarde de 10 de agosto, no Recanto Euclidiano

Reportagem e texto: Natália Tiezzi Manetta

A arte retratada na essência do rio que corta a cidade. Suas lendas, mistérios, histórias de ontem e de hoje cantadas pela poesia à beira do homenageado, o Pardo, que ainda encanta os olhos de quem o vê correndo, livre, por entre todos nós.

Com essa poética será apresentado na tarde de 10 de agosto, a partir das 16h30, o “Sarau na Beira do Rio”. A idéia, original, surgiu do musicista Nenê Morgante que, inclusive, compôs as músicas, ou melhor, verdadeiras poesias que contam, com muita delicadeza e perspicácia, a sua visão do rio Pardo.

“O quintal de minha casa era o Pardo. Ali cresci, vivenciei momentos únicos, os quais tentei retratar nas composições. Coisas simples, corriqueiras, mas que marcaram a minha infância e a de muitas gerações”, explicou Nenê, que recebeu a reportagem em sua casa, durante ensaio numa dessas noites frias e inspiradoras…

“O que Nenê chama de simplicidade, na verdade, é arte traduzida em letras e sons. Quem não se lembra do cheiro da florada da jabuticabeira, do barulho do trem, das lendas da sereia, do saci, que muitas vezes as mães contavam aos filhos para afasta-los do perigo que o rio poderia causar. O sarau será isso: cultura, reunião de amigos, boas músicas em prol ao resgate dessa essência do Pardo em todos nós, pois ele fez, faz e sempre fará parte de nossas vidas”, destacou a atriz e diretora geral do Sarau, Lúcia Vitto.

Além de Nenê e Lúcia, o elenco é formado por Eurípedes Silvestre, Matheus Tavella e Guilherme Silveira.

O grupo durante ensaio para o Sarau: ‘fazendo arte’ pela poesia, pela música e pela amizade

DE VOLTA À ARTE E ‘FAZENDO ARTE’

Após dois anos longe das atividades culturais, porém sempre ativa quando o assunto é ‘fazer arte’, Lúcia Vitto está de volta ao trabalho, dessa vez como diretora. “Esse projeto, que vem sendo amadurecido desde fevereiro está possibilitando a todos nós encontros e reencontros maravilhosos. O Nenê já conhecia desde os tempos do teatro. Já o Eurípedes, o Matheus e o Guilherme são de outras gerações, mas que se adaptaram a toda essa ‘loucura’ dos mais velhos e embarcaram conosco nessa vontade de criar, de mostrar que temos muita coisa boa em artes e que isso precisa ser fomentado e mostrado ao público”, destacou Lúcia.

E esse projeto, segundo Lúcia, será o primeiro de muitos. “Mais do que ‘fazendo arte’, estamos nos divertindo, debatendo, expondo idéias, pontos de vistas, cantando… Queremos levar tudo isso à população de uma forma simples, mas com muito amor e intensidade. Fica aqui o convite para que todos prestigiem, do ‘mamando’ ao ‘caducando’, pois o sarau é atemporal, assim como nosso querido grupo também é”, concluiu.

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