Setor da Merenda apresenta dificuldades por conta da proibição de alimentos transgênicos e açúcar
Na sessão de terça-feira, dia 31 de agosto, a vereadora Lúcia Libânio trouxe à tona conteúdo de reunião que teve com o Setor da Merenda, Conselho Municipal de Alimentação Escolar (CAE), gestores e nutricionistas acerca das dificuldades enfrentadas na preparação da merenda por conta da proibição de alimentos transgênicos, embutidos e que contenham açúcar.
“Estou trazendo em Plenário um grande problema enfrentado pelo Setor da Merenda, sendo o principal deles o desperdício na alimentação por conta da proibição desses alimentos. As nutricionistas destacaram as dificuldades em preparar os cardápios, pois na faixa etária de 0 a 3 anos, por exemplo, é proibido qualquer alimento que contenha açúcar, o que inclui bolos, pães e o próprio achocolatado. Portanto, muitas crianças não se adaptam a alguns cardápios, o que vem gerando desperdício considerável de alguns alimentos”, explicou Lúcia.
A vereadora destacou que o Setor da Merenda segue o que consta na Lei Estadual nº 10.761, de 23 de janeiro de 2001, que “dispõe sobre a proibição da utilização de alimentos transgênicos na composição da merenda fornecida aos alunos dos estabelecimentos de ensino oficiais do Estado de São Paulo”, bem como da Resolução nº 6, de 8 de maio de 2020, sobre “o atendimento da alimentação escolar aos alunos da educação básica no âmbito do Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE”, além da Lei Municipal nº 2.475, de 04 de outubro de 2001 que, seguindo o padrão estadual, também “proíbe a utilização de alimentos transgênicos e seus derivados na merenda escolar do município…”.
“Inclusive, nesta reunião que tivemos, a Assessoria Jurídica da Câmara também participou e tudo que for apresentado nos próximos encontros, a mesma estará ciente do assunto. Quando se instituiu a Lei Municipal a intenção era seguir as normas de alimentação escolar estaduais para oferecer uma alimentação mais saudável às crianças. O problema é que não se pode preparar alguns alimentos, como sopa de fubá, polenta, por exemplo, por conta do milho transgênico. O mesmo ocorre com o óleo de soja, que não pode ser transgênico e, conforme o setor, há dificuldade em encomendar o de girassol. As dificuldades também giram em torno da proibição total da utilização de açúcar. Muitas crianças não tomam o leite, por exemplo, porque não pode ser adoçado com nenhum tipo de açúcar ou produto que contenha”, informou Lúcia.
Ela pediu auxílio aos demais vereadores no tocante à discussão de possíveis alterações na Lei Municipal para que não haja tanto desperdício de alimentos. “O que gostaria de deixar claro é que seguimos exatamente as considerações de leis estaduais sobre alimentação escolar, entretanto, não podemos compactuar com esse desperdício e, ao mesmo tempo, temos que garantir alimentos saudáveis às crianças”, observou.
Lúcia destacou que mais algumas reuniões serão realizadas para discutir o assunto para que possa se chegar a um consenso.
Fonte: Câmara Municipal de São José do Rio Pardo