Talento e Vocação: As três amigas e missionárias que deram vida à “Analelê Arteiras”
Entrevista, texto e fotos: Natália Tiezzi
Dizem por aí que a ‘união faz a força’, mas, nesse caso, além da união, a ‘Unidade’ está tornando possível que três amigas e missionárias usem e abusem da criatividade, transformando talento e vocação em lindas peças de artesanato.
Ana Cláudia Salvadori, Cecília Helena Salvadori e Alessandra Giovaneli Elias Darin, que são consagradas à Comunidade Deus Proverá, aproveitaram os conhecimentos artísticos que tinham para criar a “Analelê Arteiras”, um espaço para quem busca além de lindas peças artesanais, mas atenção, carinho e uma palavra de amor e bondade a cada ponto dado ou linha costurada.
Em entrevista ao www.minhasaojose.com.br, realizada na residência de Alessandra, onde ela montou um espaço para comercializar as peças, as três artesãs falaram sobre este novo projeto e como ele está transformando a vida de cada uma.
Elas contaram, entre outros detalhes, que as artes sempre estiveram presentes em suas vidas. Ana Cláudia é graduada em Educação Artística e Pedagogia e, além de dirigir uma escola, encontrou no artesanato uma forma de colocar em prática seu talento artesanal nato. Já Cecília Helena, a Ciça, também graduada em Educação Artística, já trabalha a mais de três décadas como artesã, e Alessanda descobriu o artesanato por meio da saudosa mãe, que foi exímia costureira. “Acho que das três era a menos envolvida com artesanato. Trabalhei 18 anos em cartório e quando fui demitida comprei uma máquina de costura. Talvez meu inconsciente estava me dizendo que ela me traria muitas alegrias como, de fato, está trazendo. Aprendi a costurar sozinha e agora conto com dois grandes talentos ao meu lado”, disse Alessandra.
Mas, como surgiu a ideia da Analelê, o por que deste nome, os objetivos e as perspectivas para o futuro para as três amigas ‘arteiras’? Essas e outras perguntas e respostas conferimos abaixo, na entrevista, na íntegra.
Meninas, quando vocês se uniram e criaram a Analelê?
Cecília Helena (Ciça): Na verdade, como fazemos parte da Comunidade Deus Proverá, já nos conhecíamos por causa da Missão. Eu já desenvolvia trabalhos artesanais, inclusive já tive um ateliê anterior. A Ana Cláudia também já tinha aptidões artísticas, principalmente com madeira, MDF e aprimorou ao longo dos anos, inclusive comigo na pintura. Somos tia e sobrinha! Já a Alessandra acredito que tenha descoberto realmente um dom que estava adormecido, porque ela tem muitas ideias e também auxilia na parte das vendas atualmente. Bom, em 2015, resolvemos unir o útil ao agradável, uma ajudando a outra, aprendendo mutuamente e criamos a Analelê.
E por que este nome?
Alessandra: Na verdade é um pedacinho de cada nome nosso. Ana, de Ana Cláudia; Lê, de Alessandra e Lê de Helena! Soou muito bem. Colocamos o ‘arteiras’ para descontrair um pouco e passarmos justamente essa mensagem de amigas, parceiras, união, criatividade.
Vocês têm um ateliê para confeccionar as peças?
Ana Cláudia: Já tivemos um espaço, que se tornou ateliê mesmo no final de 2016. Na verdade era o porão da imobiliária da irmã de Alessandra e permanecemos lá por um bom tempo até vir a pandemia. Como não podíamos nos encontrar presencialmente passamos a produzir as peças cada qual em sua casa, sempre trocando ideias e novidades pelas redes sociais.
Onde vocês comercializam as peças produzidas?
Alessandra: Por enquanto as peças estão expostas em um espaço aqui na minha casa, à rua Comendador Luís Gonçalves Junior, 69. Transformei aqui em uma pequena loja. Em novembro fizemos uma exposição, porém ainda há muita coisa bonita, inclusive com tema natalino, para presentear ou deixar a casa ainda mais alegre para este Natal. Pedimos às pessoas que agendem seus horários para visitar a loja para não gerar aglomerações. Optamos por um atendimento personalizado mesmo! O telefone de contato (WhatsApp) é 19 99536-3985.
E o que podemos encontrar na Analelê?
Cecília Helena (Ciça): Nosso foco sempre foi a linha infantil, com peças de enxoval (fraldinhas, naninhas, almofadas), as quais são vendidas avulsas ou em kits personalizados. Também temos muitas lembrancinhas, brinquedos em tecido, feltro e, claro, nossos terços com imagens de santos confeccionados em feltro que fazem muito sucesso, além das almofadinhas com sementes, muito utilizadas pelas mamães para diminuir o desconforto das cólicas em bebês. Agora para o Natal também temos inúmeras opções e tudo feito com muito amor, carinho e dedicação, com preços muito acessíveis.
E quais são os planos das ‘arteiras’, ou melhor, da Analelê para 2021?
Ana Cláudia: Aumentar nossa linha pedagógica com brinquedos, livros sensoriais, jogos da memória e o que mais nossa criatividade nos proporcionar. O artesanato é único e é muito mais que uma peça feita à mão, é feita com o coração.
Por falar nisso, para finalizar, o que o artesanato significa na vida de cada uma?
Cecília Helena (Ciça): Acho que posso falar por nós três. Artesanato é uma forma de nos expressarmos, uma terapia, principalmente neste ano tão difícil, um dom, acredito que mais uma missão para nós, já que também procuramos levar um pouco da palavra de Deus em cada peça, algumas até confeccionadas com esse intuito, enfim. Artesanato é uma forma de ocupar nossa mente, produzir coisas especiais que jamais serão esquecidas pelos nossos clientes. Artesanato é vida!